A NOVA ORDEM MUNDIAL
Um dia que se velou,
O mundo se revelou.
Olhávamos o céu na sua vastidão,
E, o chão, na sua restrita dimensão.
Astrologia e Astronomia,
Unas, vasculhavam a suprema Anatomia.
O Homem e a Natureza.
A Natureza e o Homem.
Seres, vindo do lá,
Ensinavam aqui, livremente,
Instruindo e cuidando
Da sua herança genética.
Um dia que se velou,
O mundo se entrevou.
Pois migrou, ao nosso orbe,
Uma energia torpe.
E a treva se fez,
Minguando o ser, no sonho do ter.
Deu-se, então, o início
Da Nova Ordem Mundial
Aos poucos, e de forma planejada,
A nossa origem foi sendo apagada.
Aos poucos, e de forma orquestrada,
Uma nova ordem foi sendo implantada.
E tudo foi sendo esquecido...
E tudo foi sendo admitido...
2
pintura de Marcus Braga
A Natureza, sozinha ficou.
A Natureza, sofrida sangrou.
Um falso reino se instalou,
Pois, falso, era o seu mentor.
Visando comandar,
Dividiu para reinar.
Religiões foram criadas,
Fronteiras, devidamente, demarcadas.
Fomentaram as diferenças.
E, com elas, as guerras.
Ocultos, financiaram
Os dois lados, sempre!
Apresentando a conta aos vitoriosos,
Submetendo a conta aos derrotados.
Ricos, eleitos, superiores.
Pobres, classificados, inferiores.
Doenças, criadas, implantadas.
Curas, milagrosas, cobradas.
Reinados, esmagados.
Impérios, fomentados.
O tempo passou.
O Homem ficou.
Ficou distante da sua essência,
Divina e Imortal.
Agora, no momento final,
Do cronograma original,
A cartada final...
... A subversão dos valores.
3
pintura de Marcus Braga
Filhos, malcriados,
Matando pais desinformados.
Menores, assassinos,
Matando seres desprotegidos.
Traficantes, submetidos,
Viciando jovens perdidos.
Imprensa, dominada,
Vomitando, a verdade, manipulada.
E, na perda dos valores,
O terreno fértil...
Ocidente, contra Oriente.
Oriente, contra Ocidente.
E, na perda dos valores,
O terreno fértil...
Guerras éticas.
Guerras moralizantes.
O domínio do petróleo.
O domínio da água.
E, no ápice do caos,
Quando tudo parecer perdido...
Ela, finalmente, vai se apresentar,
Como a grande salvadora mundial.
Provendo a fome que ao mundo causou.
Provendo a mentira que ao mundo gerou.
Implantando, finalmente, uma única religião; agora oficial.
Implantando, finalmente, uma única moeda; agora oficial.
Implantando, finalmente, uma única língua; agora oficial.
Implantado, finalmente, o seu deus; agora oficial.
4
pintura de Marcus Braga
E todos vão sorrir,
E todos vão cantar,
E todos vão aclamar,
E todos vão idolatrar...
A Nova Ordem Mundial.
2 Comentários:
Conheço o Rubinho há 27 anos e ele é uma das pessoas mais Honestas, Éticas, Perspicazes, Atenciosas e Cuidadosas com seus amigos dentre todas as que conheço.
Sua percepção da realidade, dos cenários, dos fatos, das nuances, parte de uma perspectiva muito própria e incomum que lhe possibilita ver o que a maioria de nós não vê. Parabéns ao Rubens pelo Poema e para o Hessen pela postagem tão oportuna.
Por neskeensvon, às 28 de maio de 2011 às 08:01
Uma obra de arte! Rubens Costa nos presenteia com um poema primoroso. Sensível. Instigante. Inetligente. Versos que estimulam à reflexão. Palavras perfeitas no lugar feito para elas. Um poema que mostra a pena refinada do autor e profundidade genial de quem o inspirou.
Gostei demais.
Reinaldo Polito
Por Curso de Expressão Verbal Reinaldo Polito, às 28 de maio de 2011 às 21:56
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