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domingo, 28 de fevereiro de 2016

BOLETIM DO PAE MARÇO 2016

sábado, 27 de fevereiro de 2016

NÃO EXISTEM SEXOS OPOSTOS, MAS COMPLEMENTARES (Jorge Hessen)


Jorge Hessen



Jackson Katz, mestre em educação pela Universidade Harvard e doutor em estudos culturais pela Universidade da Califórnia, foi um dos criadores, em 1993, do Mentors in Violence Prevention, um programa de prevenção contra o assédio e o abuso sexual nos Estados Unidos. Dedica praticamente todo o seu tempo ao combate à violência contra a mulher e a promover a igualdade entre os gêneros. O método do treinamento Katz é focado nalguns objetivos como conscientizar as pessoas sobre os males de o sexismo mudar o conceito de masculinidade. O fato de homens serem educados para serem dominantes sobre as mulheres, para serem abusivos na hora de conseguir o que querem é inaceitável. Urge mudança dos métodos de educação e socialização dos meninos para que no amanhã a violência contra a mulher desapareça.

Antecipando-se no tempo, Kardec já protegia a mulher contra os desvarios de sua época. Teve a cautela de deixa-las envoltas em uma capa de semi-anonimato, pois o preconceito contra elas ainda era colossal. Basta notar que 129 operárias americanas foram queimadas vivas dentro de uma fábrica, pelo “crime” de reivindicarem salários iguais aos dos homens. O fato ocorreu a apenas 41 dias do lançamento de O Livro dos Espíritos. E, além de mulheres, as médiuns estudadas por Kardec ainda eram jovens e paranormais (bruxas?). Um “banquete” para a mentalidade vitoriana do século XIX.

Na França do fim do século XIX a imprensa parisiense se agitava em um debate em torno da legalidade de diplomar ou não uma jovem bacharela de 20 anos que acabara de se graduar academicamente, tão-somente por causa da sua condição feminina. O Codificador explana o fato: “Depois de terem reconhecido que ela tinha alma, lhe reconheceram o direito à conquista dos graus de ciência, o que já é alguma coisa. E afirma que os direitos das mulheres não são concessões dos homens, como atestavam alguns intelectuais, mas resultado da própria Natureza, que não fez nenhum superior ao outro. É com o mesmo objetivo que os Espíritos se encarnam nos sexos diferentes: aquele que foi homem poderá renascer mulher e vice-versa, a fim de realizar os deveres de cada uma dessas posições e sofrer-lhe as provas necessárias ao progresso”. [1]

Na questão 817 de O Livro dos Espíritos os Benfeitores atestam que “Deus outorgou a ambos [homem e mulher] a inteligência do bem e do mal e a faculdade de progredir, sendo esse o maior sinal da igualdade entre ambos”. [2] Não existem, portanto, diferenças entre o homem e a mulher senão no organismo material (que se extingue com a morte), dando por lei natural a igualdade de direitos, mas com funções diferentes, apropriadas às características intrínsecas de cada sexo.

Noutro lado do debate, observamos com pesar o movimento feminista onde a mulher moderna, de modo geral, indiferente aos seus deveres de mulher, embrenha-se nas ilusões políticas, na concorrência profissional, nas peçonhas filosóficas que invadiram os seus ideais. Não são muitas as mulheres que se mantêm com humildade nos postos de serviço com Jesus, convictas da transitoriedade das posições humanas. “A ideologia feminista dos tempos modernos, com as diversas bandeiras políticas e sociais, pode ser um veneno para a mulher desavisada dos seus grandes deveres espirituais na face da Terra. Se existe um feminismo legítimo, esse deve ser o da reeducação da mulher para o lar, nunca para uma ação contraproducente fora dele. É que os problemas femininos não poderão ser solucionados pelos códigos do homem, mas somente à luz generosa e divina do Evangelho”[3]

A “era tecnológica pretende, na essência, construir uma civilização sem as mães, e isso é um erro muito grande, de modo que, criando dificuldades para a mulher e, especialmente, para a maternidade, estamos condenando a nós mesmos a muitas perturbações, porque a mulher sem apoio entra naturalmente em desespero, dando origem a determinadas teorias que não são aquelas do feminismo autêntico, aquele feminismo correto que prepara a mulher para a independência construtiva” [4]

A mulher deve reduzir o quanto lhe for possível o tempo gasto no trabalho profissional e se esforçar mais na tarefa da educação de seus filhos, preferindo ganhar um pouco menos em valores materiais e potencializar seus tesouros espirituais. Sabemos que atualmente isso não é tarefa fácil, pois a sociedade se curvou ante o consumismo, a concorrência profissional, sequestrando a mulher do lar para enclausurá-la nas funções hodiernas, às vezes subalternas à sua grandeza e quase sempre estranhas à sua natureza.

No entanto, no desafio que se impõe à mulher, pensamos que é sua principal missão sensibilizar o mundo com uma atuação profissional mais humana, menos burocrática e mais efetiva em favor do semelhante, sem porém nunca esquecer a ternura do lar, invertendo os valores legítimos da alma. A mulher deve conciliar o papel de mãe e esposa, muitas vezes deixado para segundo plano.

"Homem e mulher são iguais perante Deus e têm os mesmos direitos porque a ambos foi outorgada a inteligência do bem e do mal e a faculdade de progredir."[5] Não existem sexos opostos, mas complementares. “O homem e a mulher, no instituto conjugal, são como o cérebro e o coração do organismo doméstico. Ambos são portadores de uma responsabilidade igual no sagrado colégio da família; e, se a alma feminina sempre apresentou um coeficiente mais avançado de espiritualidade na vida, é que desde cedo o espírito masculino intoxicou as fontes da sua liberdade, através de todos os abusos, prejudicando a sua posição moral no decurso das existências numerosas, em múltiplas experiências seculares”.[6]

Referências bibliográficas:

[1] Kardec Allan. Revista Espirita / Janeiro 1866/ RJ: Ed FEB, 1972
[2] Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos. Perg. 817 e seguintes, 9a. ed. de bolso. RJ: Ed FEB, 2005. 
[3] Xavier Francisco Cândido. O Consolador, perg. 67, RJ: Ed. FEB, 2000
[4] Xavier, Francisco Cândido. A Terra e o Semeador, ditado pelo Espirito Emmanuel, SP: Ed. Ideal, 1975
[5] Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos. Perg. 817 e seguintes, 9a. ed. de bolso. RJ: Ed FEB, 2005

[6] Xavier Francisco Cândido. O Consolador, perg. 67, RJ: Ed. FEB, 2000

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Desencarnação de Altivo Ferreira

Altivo Ferreira 

Desencarnou em Santos, no início da noite do dia 24/2, Altivo Ferreira, que foi militante no Movimento Espírita desde os anos 1930, tendo sido vice-presidente da FEB e redator de Reformador até março de 2012. O sepultamento será no Memorial de Santos às 17 horas desta 5a. feira.
Temos a maior admiração e respeito por Altivo que foi grande amigo nosso durante décadas. Nossas homenagens e reconhecimento ao seu valoroso espírito. (Antonio Cesar Perri de Carvalho)




Antonio Cesar Perri de Carvalho
ex-presidente da FEB.
ALTIVO FERREIRA  
Por Antonio Cesar Perri de Carvalho (*)

Altivo Ferreira desencarnou no dia 24 de fevereiro de 2016, com 90 anos de idade, em Santos (SP), sendo sepultado no dia seguinte na mesma cidade. 

Altivo atuou no movimento espírita desde sua juventude, no final dos anos 1930, na região de sua terra natal Barretos (SP) e na capital paulista. Frequentou Mocidades Espíritas e participou de ações históricas como a fundação da USE-SP em 1947, participação expressiva nas Concentrações de Mocidades Espíritas do Brasil Central e Estado de São Paulo (COMBESP), movimento iniciado em Barretos em 1948 e encerrado na mesma cidade em 1966. Era conferencista neste e em outros eventos jovens. Atuou na I Concentração de Mocidades e Juventudes Espíritas do Brasil (COMJEB), Marília (SP), em abril de 1965. Teve expressiva atuação e foi presidente da União Municipal Espírita de Santos (órgão da USE) e eventos da USE-SP. Como conferencista atendia a convites de vários Estados. Até poucos meses antes de sua desencarnação proferia palestras rotineiras em instituições espíritas de Santos.

A convite do presidente da FEB Francisco Thiesen, tornou-se colaborador da mesma, como diretor e depois vice-presidente, cargo exercido nas gestões de Juvanir Borges de Souza e Nestor João Masotti. Exerceu a função de redator da revista “Reformador”. Nessa função, durante anos, viajava mensalmente de Santos para o Rio de Janeiro, para coordenar o fechamento da revista “Reformador”. Participou na organização do Congresso Espírita Internacional (1989) e do 1º Congresso Espírita Brasileiro (1999). Foi secretário geral do CFN da FEB (2001-2004) e coordenador das Comissões Regionais do CFN da FEB.

Participou das reuniões preparatórias para a criação do Conselho Espírita Internacional, inclusive na sua fundação em 1992. Representou a FEB em várias reuniões do CEI e compareceu aos Congressos Espíritas Mundiais até o evento em Cartagena (Colômbia, 2007).

Foi um dos representantes da FEB no 1º Encontro Mundial de Líderes Religiosos pela Paz (The Millennium World Peace Summit for Peace) promovido pela ONU, em sua sede em Nova York, no final de agosto/início de setembro de 2000.

Mesmo já privado da visão manteve atuação, com apoio de secretárias e revisoras, como redator de “Reformador” até março de 2012, quando deixou a vice-presidência da FEB.

Profissionalmente inicialmente era estaticista, como funcionário do IBGE, depois economista, atuando como professor universitário e secretário municipal da Fazenda em Santos; exerceu funções junto à Receita Federal e o Ministério da Fazenda em Brasília, durante as gestões dos presidentes Figueiredo e Sarney.

Conhecemos Altivo Ferreira durante a I COMJEB, em Marília, em 1965; convidamos e hospedamos juntamente com sua esposa Dagmar em função de eventos em Araçatuba (SP) nos idos dos anos 1970; teve várias atuações durante nossa gestão como presidente da USE-SP. Ele e a esposa participaram o lançamento nacional da Campanha “Viver em Família”, realizado em São Paulo, em janeiro de 1994. O seminário deste evento gerou o livro “Laços de Família”, com capítulo de autoria do casal Altivo e Dagmar, editado pela USE-SP. A amizade com o casal e com nossa esposa registra bons momentos.

Mesmo privado da visão, sua secretária lia e-mails e períodos para ele, e mantinha continuados contatos conosco, por telefone e e-mails, durante nosso período de presidente interino e presidente da FEB (2012/2015), comentando ações e artigos nossos. No artigo sobre a história da juventude espírita no Brasil que publicamos na RIE, em 2015, registramos que contamos com informações fornecidas por Altivo. Mesmo em janeiro de 2016 mantivemos contato com o companheiro. Somos testemunhas de como Altivo era respeitado e querido pela equipe da revista “Reformador”.

Altivo Ferreira foi homenageado na cerimônia de instalação do 16º Congresso Espírita Estadual, promovido pela USE-SP, na cidade de Santos em abril de 2015, oportunidade em que proferimos a palestra de abertura.

Com tristeza recebemos a informação da desencarnação do amigo, feita pelo seu filho dr. Paulo, ainda no início da noite do dia 24. Registramos nossa sincera homenagem ao nobre espírito que deixa marcantes contribuições ao Movimento Espírita!

(*) – Ex-presidente da FEB e da USE-SP; membro da Comissão Executiva do Conselho Espírita Internacional.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

A Música no Centro Espírita


A música é uma reserva cultural do homem. Pode ela, entretanto, excitar, agitar, intranquilizar se grotesca, ou acalmar, tranquilizar, sensibilizar, se harmoniosa.
A propósito de sua utilização no Centro Espírita servirá para tranquilizar, harmonizar, sensibilizar.

Em mensagem publicada na revista “O Reformador” de janeiro de 1992, págs. 20 a 24, Bezerra de Menezes refere-se ao assunto: “(...) Não se pode, pois, permitir em seu seio festas, músicas de fundo não edificante, peças teatrais, aplausos, conversação tumultuada e não construtiva, discussões violentas, homenagens humanas, “comes e bebes”, reuniões sem disciplinas,  rifas, leilões, comércio, brincadeiras, competições, ataques a outras religiões, enfim tudo aquilo que não se concebe num hospital, junto a um leito de dor ou um santuário de oração. (...)”

Conclui-se assim, ser natural utilizar-se da música no Centro Espírita como preparação do ambiente, necessitando, porém, conciliar qualidade e harmonia para  conseguir-se tal intento.

Tendo alguém se dirigido a uma casa Espírita com a finalidade de ouvir uma palestra, fica sendo este o seu objetivo maior, não sendo bom que fique antes, a ouvir determinadas músicas que o coloque mais enterrado no mundo físico, dificultando-o atingir o seu propósito.

Se o tribuno comparece à casa Espírita preparado para apresentar o melhor das verdades do Consolador, poderá contar com a execução de músicas de qualidade que prepare os assistentes para ouvi-lo.  Entretanto, se lá encontra algum irmão que, ao contrário, esteja a apresentar coisas do dia a dia material, ou a improvisar canções que até relembram situações do cotidiano, nada encontrará que coloque os assistentes em condições de entender a sua mensagem.

No livro “Obras Póstumas”, de Allan Kardec, 20ª edição pág. 184, encontramos, do Espírito Rossini, a respeito da música, o seguinte: (...) “Sua explicação está toda neste fato: que a harmonia coloca a alma sob o poder de um sentimento que a desmaterializa. Este  sentimento existe  em certo grau, mas desenvolve-se sob a ação de um sentimento similar mais elevado. “Aquele que esteja desprovido de tal sentimento é conduzido gradativamente a adquiri-lo: acaba deixando-se penetrar por ele e arrastar ao mundo ideal, onde esquece, por instantes, os prazeres inferiores que prefere à divina harmonia”.

 “(...) Se o compositor é terra-terra, como  poderá exprimir a virtude  de que desdenha, o  belo que  ignora e o grandioso que não compreende? Suas composições refletirão seus gostos sensuais, sua leviandade, sua negligência. Serão ora licenciosas, ora obscenas, ora cômicas, ora burlescas; comunicarão aos ouvintes os sentimentos que exprimirem e os perverterão, em vez de melhorá-los”.
“O Espiritismo, com o moralizar os homens, exercerá, pois, grande influencia sobre a música (...)”

           Não é prudente o improvisar na casa Espírita, muito embora devamos estar preparados para tal, quando o imprevisto aparecer. Porém, em matéria de música, a improvisação não deve acontecer, pois poderá excitar, agitar, prejudicar, ao invés de ajudar. Que os ensaios musicais fiquem reservados para os conservatórios de música!..

Se nos posicionamos no Centro Espírita para ouvir uma palestra, certamente que um orquestrado qualificado e harmonioso antes da mesma cai bem, por sensibilizar-nos, caso contrário, poderá excitar-nos, dificultar-nos atingir o nosso objetivo, qual seja, entender a palestra a ser proferida.

Cachoeiro de Itapemirim, ES.

Domingos Cocco
Domingoscocco1931@yahoo.com.br

Rua Neca Bongosto n° 06 – Bairro Sumaré
Telefone: (28)  - 3522-4053 – CEP 29304-590
Cachoeiro de Itapemirim – Estado do Espírito Santo

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Parábola dos Primeiros Lugares (Lucas, 14:07-11)

,
Arnaldo Rocha

Tendo Jesus entrado
Na casa de um fariseu
Para fazer sua refeição,
Ele logo, ali, percebeu

Como os convidados
Que no local chegavam
Os primeiros assentos à mesa
Eles, então, tomavam.

E, aproveitando o ensejo
Para disseminar a verdade,
Ele propôs esta parábola
Que nos fala da humildade:

- Quando fores convidado
Para algum casamento,
Não tomes o primeiro lugar,
Em nenhum momento;

Para não suceder
Que, entre aqueles
Que foram convidados,
Exista algum deles

Que pelo dono da casa
Seja muito considerado,
Até mesmo mais do que tu,
Que também foi convidado;

E venha o anfitrião dizer-te:
“Dá a este esse lugar”
E vás, envergonhado,
O último lugar tomar.

Em vez disso, amigo,
Quando fores convidado,
Vai e toma o último lugar,
E não te sintas desprezado,

A fim de que aquele
Que te fez convidar
Possa, quando chegar,
Nestes termos falar:

“Venha, companheiro,
Mais para cima sentar
E, bem próximo de mim,
Poderes, assim, ficar”

E isso será uma honra
Que te trará emoção
Perante os convidados
Daquela celebração,

Pois aquele que se exalta
Será, depois, humilhado,
E aquele que se humilha
Será, finalmente, exaltado.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

O ABORTO E OS ZUMBIDOS DAS MURIÇOCAS – “DESPERTA BRASIL!” (Jorge Hessen)




Jorge Hessen

A epidemia do vírus zika requer urgente  debate  e muita prudência. É estranhável apontar o algoz Zika, um vírus que foi descoberto  na década 1940,  e que nunca foi notório por causar defeitos de nascimento. Mas, as instituições que estão pesquisando esses surtos estão buscando “provas” de uma relação entre o vírus Zika e a microcefalia, embora sejam necessárias mais investigações para entender essa relação. De qualquer forma, em nome das prováveis causas,  supõe-se também o conjunto de falhas e metodologias grosseiras, realizados pelo Ministério da Saúde, SUS, seus institutos associados e suas autoridades constituídas, que supostamente provocaram e continuam provocando a inquieta crise de microcefalia em todo o Brasil.

Conjetura-se ter conexão aos mosquitos transgênicos desenvolvidos pela empresa de biotecnologia britânica Oxitec, que é financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates. A Oxitec tem lançado os mosquitos Aedes geneticamente modificados no meio selvagem no Brasil desde 2011 para combater a dengue. A empresa produz até dois milhões de mosquitos geneticamente modificados por semana em sua “fábrica” em Campinas, Brasil. [1]

Noutro debate, acusa-se a vacina dTpa [2] que nunca foi aprovado e seguro para uso durante a gravidez. Na verdade, dTpa é classificado pela FDA - Food and Drug Administration , como droga de Classe C, indicando que não é uma escolha segura durante a gravidez. Para alguns especialistas, as [sinistras]consequências desta vacina testada é o que está sendo “varrida para debaixo do tapete” [3]O que aponta mais uma vez para Bill Gates, o Imperador da eugenia e Vacinas.

De modo óbvio , o Ministério da Saúde e a Fiocruz afiançam que não há até o momento nenhuma evidência científica nacional ou internacional que relacione o aparecimento da microcefalia à administração da vacina dTpa ou qualquer vacina que faça parte do calendário nacional de imunização O Ministério da Saúde afirma ainda que "as vacinas dupla e tríplice viral são usadas mundialmente, e não haveria condições de isso (más-formações) ocorrer apenas no Brasil.

Conversa vai , conversa vem , os arautos do aborto começam a mostrar as unhas e fazer seus estragos. O juiz Jesseir Coelho de Alcântara , de Goiás, já autorizou uma série de abortos legais em casos de anencefalia e outras patologias raras.  Na opinião de Jesseir  se o aborto é permitido por lei em casos de fetos anencéfalos , também se justifica em gestações de microcéfalos, pois ambos casos são “incompatíveis com a vida”.  Diz que para  tomar a decisão, são necessários três laudos médicos, mais parecer favorável do Ministério Público. Todavia, contestando o conceito do juiz goiano, o   Conselho Federal de Medicina divulgou uma recente nota, assegurando que no caso de fetos com diagnóstico de microcefalia, em princípio, não há incompatibilidade com a vida. E o Movimento Brasil Sem Aborto assevera que interrupções em gestações de fetos com microcefalia ou outras más-formações são inaceitáveis sob qualquer aspecto.

A diretora do Centro Latino-Americano de Saúde Materno-Infantil da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) disse que “os casos de zika vão pressionar o debate sobre os direitos reprodutivos. A interrupção da gravidez, em qualquer situação, é uma decisão da mulher. (…) uma jovem que engravidou sem planejamento e tem um filho com deficiência necessitará de cuidados especiais durante toda a vida. A sociedade tem de ajudar essa mulher, e ela precisa de apoio para ter suas decisões respeitadas”.[4] Ora, o argumento capcioso da “liberdade de escolha” da mulher é uma sandice. À maior interessada, que é a criança, não é dada a liberdade de escolher entre sua vida e sua morte. E mais, são inúmeros os exemplos de mulheres que pensam em abortar, mas que desistem quando são ouvidas, ajudadas, acolhidas. Propor o aborto como solução a uma grávida quando se faz o diagnóstico de microcefalia é negar a ela o amparo de que realmente necessita.

Em países onde o aborto é legalizado, cerca de noventa por cento das gestações de crianças com síndrome de Down são interrompidas (assassinadas no útero). Não há pior forma de exclusão social do que eliminar o deficiente da existência. Neste macabro cenário do Deus nos acuda! Os abortistas profissionais identificam no pernilongo seu melhor aliado. Os políticos e meios de comunicação partidários do abortamento se unem em uníssono à campanha pró aborto. O diretor da OMS das Américas é mais explícito em uma mensagem com forte conteúdo eugênico quando afirma: “Não podemos tolerar que continuem nascendo crianças com más-formações”.

Há sóbrias razões científicas para ir de encontro ao aborto, sobretudo do microcéfalo. Com a biogenética vislumbramos a diversidade como o nosso maior patrimônio coletivo. E o embrião anormal, ainda que portador de microcefalia, compõe parte dessa diversidade. Deve ser, portanto, preservado e respeitado por elevadas razões. Os argumentos tal qual justificam a morte do microcéfalo serão os mesmo que corroboram a subtração da vida de qualquer outra pessoa - ou será que existem pessoas com mais vida e outras com menos vida? O  microcéfalo é um ser vivo intra-útero. Ele nasce com vida e pode como qualquer recém-nascido ir a óbito com minutos, dias, meses ou após muitos e muitos anos. Se ele nasce vivo, o aborto é criminoso, pois lhe ceifa a oportunidade e a experiência da reencarnação.

Ademais, o bebê com microcefalia possui preservada a parcela mais entranhada do cérebro, matriz, portanto do controle autômato de funções viscerais, a saber: batimentos cardíacos e capacidade de respirar por si próprio, ao nascer. Como ainda são misteriosos os enigmas da relação cérebro-mente, não podemos consentir que nossa falta de inteligência seja o guia de deliberações erradas como a do abortamento provocado desse feto. Tal ser não pode perder a dignidade nem o direito de nascer.
Até porque , os espíritos desses bebês especiais são espíritos que já viveram diversas outras existências, com deslizes e acertos. São espíritos que precisam passar pela experiência da microcefalia,  como um processo de ressarcimento e cura para suas pendências morais do passado danificado . Portanto, que nenhuma das mães aborte esses bebês. Ante os códigos das leis do Criador se houver um caso na família de microcefalia é porque o grupo necessita desta experiência, para dilatar os dons do amor. Assim, a família tem que se doar, pois nada ocorre por acaso , tudo tem matriz na Lei de Causalidade.  

É a Justiça Divina atuando, ainda que não compreendamos as necessárias aplicações das sanções do Criador.

Referências bibliográficas:
[2]            O DTpa combina o tétano, difteria e coqueluche (tosse convulsa) vacinas em uma única vacina

[4]            Disponível em http://www.institutoliberal.org.br/blog/microcefalia-dos-abortistas-e-sua-proposta-de-eugenia/ acesso 12/02/2016

O ZIKA VÍRUS VEIO PARA LEGALIZAR O ABORTO?





Leonardo Paixão (*) 


O atual surto de pessoas infectadas com o vírus zika e de mulheres que têm dado à luz crianças portadoras de microcefalia, tendo sido apontado o vírus por principal causador desta deficiência, vem trazendo à tona a discussão sobre a legalização do aborto.

Segundo o comissário de direitos Humanos da ONU, Zeid Ra’ad AlHussein declarou nesta sexta-feira, dia 05/02, o seguinte sobre o direito ao aborto: “As leis e as políticas que restringem acesso a esses serviços devem ser urgentemente revistas, em consonância com os direitos humanos, a fim de garantir o direito à saúde para todos".

Este comunicado do comissário da ONU leva a refletir sobre quando começa a vida, o que diz a ciência sobre o assunto, em que semana de gestação a microcefalia é detectada e quais as outras causas desta deficiência. É o que colocaremos nos parágrafos a seguir.

A Embriologia Humana, ramo das Ciências Biológicas, diz que a vida começa na concepção:

Keith Moore and T. V. N. Persaud, The Developing Human: Clinically Oriented Embryology (6th ed. only) (Philadelphia: W. B. Saunders Company, 1998):

"O desenvolvimento humano é um processo contínuo que inicia quando um ovócito (óvulo) de uma fêmea é fertilizado pelo esperma (ou espermatozoide) de um macho"

"... mas o embrião começa a se desenvolver logo que o ovócito é fertilizado" (p. 2)

"Zigoto: esta célula resulta da união de um ovócito e um esperma. Um zigoto é o início de um novo ser humano (ou seja, um embrião)." (p. 2)

"O desenvolvimento humano inicia na fertilização, processo durante o qual o gameta masculino ou esperma (...) une-se com um gameta feminino ou ovócito (...) para formar uma célula única, chamada zigoto. Esta célula altamente especializada e totipotente marca o início de cada um de nós como um ser individual" (p. 18)

William Larsen, Human Embryology (New York: Churchill Livingstone, 1997):

"Neste texto iniciamos nossa descrição do desenvolvimento humano com a formação e diferenciação das células femininas e masculinas ou gametas, que unir-se-ão na fertilização para iniciar o desenvolvimento embrionário de um novo indivíduo. (...) A fertilização ocorre nas Trompas de Falópio (...) resultando na formação de um zigoto contendo um único núcleo diplóide. Considera-se que o desenvolvimento embrionário inicia-se neste ponto" (p. 1)

"Este momento da formação do zigoto pode ser considerado como o início ou momento zero do desenvolvimento embrionário" (p. 17)

Ronan O'Rahilly and Fabiola Muller, Human Embryology & Teratology (New York: Wiley-Liss, 1994):

"A fertilização é uma etapa importante, pois, sob condições normais, um novo e distinto organismo humano é assim formado" (p. 5)

"A fertilização é o processo de eventos que inicia quando um espermatozoide faz contato com um ovócito (...)" (p. 19)



"O zigoto (...) é um embrião unicelular" (p. 19).

A Doutora, Alice Teixeira Ferreira, em seu artigo – A Origem da Vida Humana e o Aborto (1), diz:

“Em 1839, Schleiden e Schwan, ao formularem a Teoria Celular, foram responsáveis por grandes avanços da Embriologia. Conforme tal conceito, o corpo é composto por células, o que leva à compreensão de que o embrião se forma a partir de uma ÚNICA célula, o zigoto, que por muitas divisões celulares forma os tecidos e órgãos de todo ser vivo, em particular o humano. Com base nestas evidências experimentais, o Papa Pio IX aceitou a concepção como a origem do ser humano, em 1869. Não se trata, portanto, de um dogma religioso, mas da aceitação de um fato cientificamente comprovado. Para não dizer que se trata de conceitos ultrapassados, pode-se verificar que TODOS os textos de Embriologia Humana consultados, nas suas últimas edições, afirmam que o desenvolvimento humano se inicia quando o ovócito é fertilizado pelo espermatozoide. TODOS afirmam que o desenvolvimento humano é a expressão do fluxo irreversível de eventos biológicos ao longo do tempo, que só para com a morte. TODOS nós passamos pelas mesmas fases do desenvolvimento intrauterino: fomos um ovo, uma mórula, um blastocisto, um feto. Em todos os textos, os autores expressam sua admiração de como uma célula, o ovo, dá origem a algo tão complexo como o ser humano. Alguns afirmam tratar-se de um milagre.

Em 2002, na revista Nature, Helen Pearson relata os experimentos de R. Gardener e Magdalena Zernicka-Goetz, onde demonstram que o nosso destino está determinado no primeiro dia, no momento da concepção. Mais recentemente, também na Nature (2005), Y. Sasai descreve os fatores/proteínas que controlam o desenvolvimento do embrião a partir da concepção, descobertos por Dupont e colaboradores. O embriologista Lewis Wolpert chega a afirmar que o momento em que o ovo começa a se dividir é o momento mais importante de nossa vida, mais que o nascimento, casamento ou morte.

Tenta-se atualmente, através de uma retórica ideológica, justificar a morte de embriões e fetos com argumentos despidos de fundamentos científicos, tais como: "Não sabemos quando começa a vida do ser humano". Pelo visto acima, não é verdade. "O embrião humano é um montinho de células". Se fossem células comuns, certos pesquisadores não estariam tão interessados nelas. São tão extraordinárias que dão origem a um indivíduo completo. "O embrião humano não tem cérebro e é comparável à morte cerebral". Comparação absurda, pois a morte cerebral é uma situação irreversível — não há maneira de recuperar os neurônios mortos — e o embrião dispõe das células pluripotentes, que vão originar o cérebro. "O embrião com menos de 14 dias não tem consciência porque não tem tecido neural". Mas este argumento decorre apenas e tão somente da separação entre mente/alma e o corpo operada pela filosofia cartesiana.

(***)

Assim, ser a favor da descriminalização do aborto equivale a ser conivente com o assassinato de embriões e fetos que, como vimos, já são vidas humanas. E, com isso, não há como concordar.

Atualmente, não se discute a realidade dos fatos biologicamente comprovados. Aceita-se que se está matando um ser humano através do aborto. Buscam agora justificativas "sociais" e para isto dão números falsos: O DataSUS relata 115 mortes de mulheres em 2004, no Brasil, causadas por aborto (a pesquisa não especifica se foram abortos provocados, ilegais, etc.).

São enganosas as estatísticas de milhões de mortes referidas pelos que são favoráveis ao aborto” (os grifos são do original).

A vida humana começa na concepção, isto é fato científico e confirma o que os Benfeitores Espirituais revelaram à Humanidade há mais de um século:

“344 – em que momento a alma se une ao corpo?

- “A união começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento. Desde o instante da concepção, o Espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai apertando até ao instante em que a criança vê a luz. O grito, que o recém-nascido solta, anuncia que ela se conta no número dos vivos e dos servos de Deus” (KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 91. Ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2008. p. 225).

(***)

Quando é detectada a microcefalia, em que semana de gestação?

O médico Artur Timerman, diz que a microcefalia aparece no ultrassom no 6º mês de gravidez.

“No Nordeste do país, as alterações cerebrais dos fetos têm aparecido só por volta da 28ª semana de gestação.

"Fazendo um acompanhamento [com ultrassom] mais frequente, podemos identificar alterações mais cedo", afirma o obstetra Thomaz Gollop, professor da USP.

Já o obstetra Manoel Sarno, especialista em medicina fetal e que já acompanhou 80 casos de microcefalia associados à zika na Bahia, diz que será "improvável" o diagnóstico antes da 20ª semana” (2).

Temos assim que a microcefalia só é detectada pelo 5º/6º mês de gestação, o que faz pensar e, muito, sobre se a prática do aborto diante deste caso não seria uma forma sutil de se implantar a busca pelo bebê perfeito...

Já em termos de Doutrina Espírita, os casos vários que têm ocorrido, mormente na região Nordeste do país, trazem a característica de um resgate coletivo de Espíritos que, por Ordem da Lei Divina, encontraram o momento preciso para a sua rearmonização com a Lei.

“Os diversos casos de microcefalia que está ocorrendo por todo o Brasil, e com mais intensidade no Nordeste, e os números cada vez mais aumentando. Nos faz indagar: por que isto está acontecendo?

Para nós espíritas isto não é por acaso. Na visão da Doutrina Espírita esta situação enquadra-se nas chamadas provações coletivas, é um resgate coletivo. São espíritos que trazem necessidade de provas ou expiações semelhantes, nisto são atraídos a lugares ou situações, onde graves desequilíbrios destes espíritos são tratados em conjunto. Sobretudo nas doenças, chamadas de congênitas, que a criança já traz ao nascer, não se pode atribuir ao acaso ou a má sorte elas passarem por esta situação.

Há casos também em que esses espíritos reencarnam com este problema para ajudar os familiares a desenvolverem boas qualidades, a terem mais paciência, para desenvolver o cuidado pelo próximo, a compaixão, a generosidade...

O Espiritismo nos esclarece que estamos num mundo de efeitos, de consequências, onde percebemos que na reencarnação encontra-se o “por que” para compreendermos o que está ocorrendo, as causas e as consequências” (3)

(***)

Causas da microcefalia:

“O que pode gerar uma microcefalia? (5)

Tânia Saad: A microcefalia é uma situação bastante antiga dentro da medicina. Justamente porque ela não tem uma única causa. Os vírus, de uma forma geral, podem causar microcefalia. O que a gente mais conhece é o vírus da rubéola, um dos mais antigos e que a gente já tem campanhas para evitá-lo, como a vacinação. Mas o citomegalovírus, que parece uma gripe para a mãe, também pode ser causa de microcefalia. O herpes vírus, a toxoplasmose, alguns estágios da sífilis, menos frequentemente, mas além desses quadros que são infecciosos, você também pode ter alterações do metabolismo do bebê, causando isso; você pode ter alterações do fluxo da placenta, da quantidade de sangue com nutrientes que passa da mãe para esse bebê. Por exemplo, problemas de pressão alta, que muitas vezes acontecem durante o pré-natal, podem acabar gerando um crescimento intrauterino restrito, além da própria situação genética, muitas vezes é uma família que tem tendência a ter um crânio menor ou maior”.

Diante de tantas causas para a microcefalia, é justo que se pense na discussão da legalização do aborto, conforme tem explorado a mídia? E o combate ao vírus? Poucas são as notas colocadas sobre isso. Havendo tratamentos para rubéola, herpes, toxoplasmose, sífilis, seria justo dizer a uma mulher grávida e que tem estas doenças para ela abortar, quando é possível se ter um bebê saudável? Como ocorre em todos os casos de uma doença nova, é preciso aguardar tempo para que se tenha um tratamento a não permitir danos nem para as mães e nem para os bebês e, hoje, a ciência está bem avançada para auferir resultados em pouco tempo. Fazer desta questão trampolim para a legalização de um crime é deixar de atuar sobre a causa para se fixar em um efeito e que é provável, pois não se tem certeza da ligação do vírus zika e casos de crianças com microcefalia. Vejamos:

Revista Científica – Nature – expõe a dificuldade de se dizer imediatamente da ligação entre o zika vírus e os casos de microcefalia. Deixamos aqui o artigo inteiro em tradução livre (4):

Provando ligação Zika a defeitos de nascimento representa grande desafio.

Obtenção de provas conclusivas de qualquer forma poderia levar anos, dizem pesquisadores.

Erika Check Hayden

09 de fevereiro de 2016

As mulheres grávidas infectadas com o vírus Zika estão sendo monitorados para efeitos sobre seus fetos.

As autoridades de saúde pública estão investigando se o vírus Zika causou um aparente aumento no número de crianças nascidas com microcefalia, ou anormalmente cabeças pequenas, em pelo menos sete países. Mas para ser conclusiva e determinar que o vírus transmitido por um mosquito é o responsável poderia levar meses ou anos, dizem os pesquisadores.

Preocupações surgiram pela primeira vez no Brasil, que em novembro declarou uma emergência nacional de saúde pública. A partir de 2 de fevereiro foram investigados e encontrados 1.113 de 4.783 casos suspeitos de microcefalia relatadso desde o ano passado, e se confirmou que 404 que poderiam estar ligados a Zika. Em 1º de fevereiro, uma comissão convocada pela Organização Mundial de Saúde disse que um nexo de causalidade entre Zika e microcefalia é "fortemente suspeito, embora ainda não cientificamente comprovado".

Isso não é por falta de esforço. Trabalho em curso inclui estudos de caso-controle para comparar as taxas de infecção da Zika em bebês que nascem com microcefalia e naqueles sem ele, assim como o sequenciamento genético do vírus e os esforços para desenvolver um teste de diagnóstico molecular para a infecção Zika.

Fazendo o progresso tem sido difícil porque os cientistas sabem relativamente pouco sobre Zika; não existe um teste fácil de usar para diagnosticar infecções; e os médicos discordam sobre como definir microcefalia, afirma Bruno Andrade, imunologista do Instituto de Pesquisa da Fiocruz na Bahia, Brasil. "Tudo isso começou a menos de dois meses atrás - que é quando tudo se aproximou", diz ele. "Estamos no meio desse pesadelo aqui."



Até agora, duas linhas de evidência apoiam uma ligação entre o vírus e microcefalia. Casos de microcefalia no Brasil começou a subir cerca de 6 meses depois que as autoridades confirmaram a transmissão do Zika, sugerindo que o defeito pode ter sido causado por exposição in utero ao vírus. E pesquisadores no Brasil têm encontrado vestígios do vírus, ou anticorpos para ele, no líquido amniótico, cérebros ou fluido espinhal de 15 fetos e bebês diagnosticados com microcefalia.

Esta pesquisa é sugestiva, mas não conclusiva. "A maioria de nós acredita que é altamente plausível que Zika é a causa desta epidemia de microcefalia, mas precisamos de provas adicionais", diz Albert Ko, um médico em doenças infecciosas e epidemiologista na Escola Yale de Saúde Pública, em New Haven, Connecticut.

Na esperança de produzir dados mais-definitivos, o Ministério da Saúde está agora realizando criação de grandes estudos. Em um deles, os pesquisadores vão acompanhar 6.000 mulheres grávidas no nordeste do Brasil, para investigar os efeitos de Zika e de microcefalia.

Lacunas de conhecimento

Estudos epidemiológicos são muitas vezes complexos porque Zika provoca uma doença relativamente leve em adultos e não há nenhum teste amplamente utilizado para o vírus. Isto significa que a maioria das mães que participaram em estudos anteriores não foram diagnosticadas com Zika. Para resolver este problema, o Ministério da Saúde está agora a pedir às se esses casos tinham sintomas Zika em vez de se eles foram diagnosticados com Zika.

Mas muitos pesquisadores dizem que os dados epidemiológicos sozinhos não vão convencê-los de uma ligação entre Zika e microcefalia; eles gostariam de ver a evidência de como e por que o vírus causa a doença. Com isto em mente, os cientistas estão a desenvolver modelos animais para investigar os efeitos do Zika sobre o corpo, os tecidos que infecta, e por que os cérebros fetais podem ser especialmente vulneráveis.

"Há um monte de trabalho a investigação fundamental e que é preciso fazer", diz Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas em Bethesda, Maryland.

"Há um monte de trabalho, a investigação fundamental é que é preciso fazer."

É plausível, por exemplo, que Zika cruza da mãe para o bebê através da placenta, como fazem alguns vírus relacionados, tais como o vírus do Nilo Ocidental. Mas esses outros vírus não costumam causar danos ao cérebro infantil, por isso não é claro por que - ou como - o Zika pode fazer isso, diz David Morens, um conselheiro sênior para Fauci.

O vírus pode ser tóxico somente enquanto o cérebro de um feto ainda está desenvolvendo suas principais estruturas, nos dois primeiros meses de gravidez. Ou pode persistir no organismo por um longo período, o que explicaria por Zika é visto em bebês natimortos com microcefalia. "Se o insulto aconteceu logo no início, então porque é que o vírus presente em sete meses quando o aborto ocorre?", Diz Morens. "Deve haver uma combinação de coisas acontecendo."
             
Outro enigma é o que faz com que essas mulheres e bebês sejam tão vulneráveis: a grande maioria das mulheres infectadas com Zika passa a ter bebês saudáveis.

Mas seja qual for a causa os cientistas em última análise, descobrir sobre Zika, outro grande desafio continua: apoiar as crianças nascidas com microcefalia. Muitos vivem em o que Ko chama de "estado vegetativo", e pode passar a ter convulsões. Isso pode ser difícil para as suas famílias - muitos dos quais são pobres - para suportar.

"Temos que começar a se estabelecer e pensar em como vamos cuidar dessas crianças", diz Ko. Se houver uma ligação entre Zika e microcefalia, o número de bebês afetados pela condição poderia dizer como o vírus se espalha, ele adverte. "Não temos ideia de quão grande ele vai ficar."

Nature 530, 142-143 (11 de Fevereiro de 2016)

Aos que apregoam o respeito à opinião da mulher e de sua vida, dizemos duas coisas: primeiro é preciso orientar à mulher sobre quando a vida se inicia e em relação a planejamento familiar, etc, do contrário teremos de admitir que as que se deleitam no sexo casual e que engravidam, devem ter todo o direito de abortarem a vida que, por inconsequência, vieram e não lhes cabe agora arcar com as consequências de um ato inconsequente? Ah! – dirão alguns que o homem por não carregar uma vida em seu ventre, tem uma carga menor e que tudo recai sobre a mulher, mas, e ela não pensou nisto antes?

Outra coisa é o que nos colocou um amigo ateu: “O Livro dos Espíritos, na questão 359 diz o seguinte: Dado o caso que o nascimento da criança pusesse em perigo a vida da mãe dela, haverá crime em sacrificar-se a primeira para salvar a segunda? – ‘Preferível é se sacrifique o ser que ainda não existe a sacrificar-se o que já existe’. E fez um adendo filosófico dizendo que o ser que não existe se refere ali não à vida, mas ao fato de não ser um indivíduo com todo um histórico de experiências como a mãe. Colocou então a seguinte questão a nós: A mãe tem um amor sublime pelo seu filho e renúncia à própria vida por ele, por que não se deixar a criança viva e se matar a mãe, até porque a mãe em seu amor sublime a isso concordaria plenamente? Ao que respondemos que a ética deixa bem claro que, no caso, a mãe é um ser com experiências e condições para cuidar de si, já o bebê ficaria privado do amor de sua mãe? E, por outra, como espírita, sabemos da possibilidade dele ter uma nova encarnação.

Tudo o que aqui escrevemos nos apontam para o acerto do que nos disseram os Benfeitores da Vida Maior há mais de um século:

“Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período da gestação?

“Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando”.

Nem se alegue que não se deva por questões religiosas nesta discussão (e temos ouvido isso de espíritas?), no caso de nós espíritas, isso é um contrassenso, pois que o Espiritismo é uma Ciência, conforme definição de Allan Kardec no Preâmbulo do livro “O que é o Espiritismo”: 

“O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, consiste nas relações que se podem estabelecer com os Espíritos; como filosofia, compreende todas as consequências morais que decorrem destas relações.

Podemos assim defini-lo:

O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, da origem e do destino dos espíritos e de suas relações com o mundo corporal” (¨6).

Recomendamos também uma leitura atenta do item 8 – Aliança da Ciência e da Religião, do capítulo I de O Evangelho segundo o Espiritismo – Não Vim Destruir a Lei.



Para encerrar deixamos aqui a frase do cientista que continua liderando a ciência, Albert Einstein:

“A ciência sem a religião é paralítica - A religião sem a ciência é cega...”



(6) Leia-se sobre observação como método científico:http://conceito.de/observacao
(7) Sobre Eintein continuar liderando a Ciência recomendamos a leitura de: http://www.nature.com/news/einstein-s-gravitational-waves-found-at-last-1.19361



(*) - Leonardo Paixão é Orador espírita (que tem viajado por alguns Estados brasileiros, quando possível, na divulgação da Doutrina Espírita), articulista, escritor, poeta, tem críticas literárias publicadas no siteorientacaoespirita.org e um artigo publicado em Reformador em Agosto de 2010, A Revelação - uma perspectiva histórica e tem escrito alguns artigos no jornal eletrônico O Rebate. Tem livro publicado pela Editora Virtual O Consolador – “Reflexões Doutrinárias” e obras próprias e mediúnicas acessíveis gratuitamente no site bvespirita.com. Participa com um grupo de amigos de ideal do GE Semeadores da Paz em Campos dos Goytacazes, RJ, onde exerce direção de estudos e trabalhos na área mediúnica, atuando como médium psicofônico na desobsessão e como psicógrafo de mensagens esclarecedoras, poesias e cartas consoladoras.

As últimas palavras de Steve Jobs


As últimas palavras de Steve Jobs antes de falecer estão a chocar o mundo. - 1



Cheguei ao topo do sucesso nos negócios.

Aos olhos dos outros, minha vida tem sido o símbolo de sucesso.

No entanto, além do trabalho, tenho pouca alegria. Finalmente, minha riqueza é simplesmente um fato que estou acostumado.

Neste momento, estou na cama de hospital, lembrando de toda minha vida, percebo que todos elogios e riquezas que estava tão orgulhoso, tornaram-se insignificantes com a iminência da morte.

No escuro, quando vejo a luz verde e escuto o ruído do equipamento de respiração artificial, posso sentir a respiração da morte se aproximar.

Só agora entendo, uma vez que você acumular dinheiro suficiente para o resto de sua vida, devemos seguir outros objetivos que não estão relacionados à dinheiro.

Deve ser algo mais importante:

Por exemplo, histórias de amor, arte, sonhos da infância ...

Ao não deixar de perseguir a riqueza, só pode converter uma pessoa em fracassado, assim como eu.

Deus fez uma forma que possamos sentir amor no coração e não ilusões construídas pela fama ou dinheiro, como fiz em toda minha vida e não posso levar comigo.

Posso levar lembranças que o amor fortaleceu. Esta é a verdadeira riqueza que te acompanhará, lhe dará força e luz para ir em frente.

O amor pode viajar milhares de quilômetros e assim a vida não tem limites.

Vá para onde queira ir. Esforce-se para alcançar seus objetivos. Tudo está em seu coração e em suas mãos.

Qual é cama mais cara do mundo? A cama de hospital.

Se você tem dinheiro, pode pagar alguém para dirigir seu carro, só que não pode pagar alguém para sofrer sua doença.

Os bens materiais perdidos, podem ser encontrado. Existe uma coisa você não pode encontrar quando perde: a vida.

Seja qual for a fase da vida em que estamos agora, no final, teremos de enfrentar o dia quando a cortina abaixa.

Por favor, valorize seu amor pela família, o amor por seu companheiro e amor pelos amigos ...

Trate-se bem e cuide do próximo.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

MASCARE-SE

Margarida Azevedo/
Frequentou Universidade Nova de Lisboa
Mora em Sintra/Portugal

Porque a vida não é só desfiar o rosário dos pobrezinhos, nem cantar o fado da desgraçadinha, aproveite a quadra carnavalesca ou o Entrudo para se mascarar.

A máscara é uma riqueza importada do Paganismo e que significa esconder o rosto. Com isso muda o aspecto, encarnando outro ser, desempenhando um papel teatralizado numa representação apelativa às forças da Natureza para que manifestem outras realidades, pretendendo-se uma sobreposição ao quotidiano, exorcizando-o. 

O gesto, a palavra e os ritmos são o seu material nobre, em ritos alucinantes, onde o imaginário é caricaturado e o onírico o seu fundamento. O mascarado fica desapossado de si e torna-se outro; a personagem que representa transmite-lhe a experiência de sentir-se portador de outras vivências. Por exemplo, vestir-se de dragão é, não só, ser dragão mas impor-se-lhe na fantasia da cor que lhe é imprimida. De animal assustador, embora mitológico, torna-se dócil e obediente na representação. O dragão é domável, logo todas as forças desmesuradas para os humanos são passíveis de serem domadas por eles. Mas o dragão exige, por seu turno, espampanância, brilho e exuberância na sua representação; quanto maiores as suas dimensões, maior a sua acção junto dos humanos. Há, assim, uma troca de direitos e deveres: “Eu deixo-me domar e tu fazes-me brilhar; tu mascaras-te de mim se me exibires.” 

Do lado do mascarado há o desejo de que o seu corpo deixe de ser seu, os gestos, o discurso; é o fenómeno da transformação que vem quebrar a monotonia de ser sempre o mesmo. 

Portugal possui um Entrudo muito rico, grande diversidade de máscaras em ritos de uma riqueza etnográfica a não perder. Devemos ao Entrudo parte considerável da História Pagã, e fazemos votos de que não se percam os Cabeçudos, as Matrafonas, os Ensaiados (nada tem a ver com a figura do travesti), os Caretos e o Galo, o Enterro do Bacalhau na 4ª Feira de Cinzas, e todas as demais figuras. 

Porém, se você é muito religioso, muito cumpridor dos preceitos da sua congregação, brinque no Carnaval/Entrudo como achar melhor, mas não deixe de o fazer. Também é importante viver o momento da não-prece, da não-oração, do não-culto. É muito importante viver o momento dos opostos. Teatralize, represente uma qualquer realidade; seja humano, porque um gato não tem Carnaval/Entrudo; um papagaio não se veste de burro, nem um peixe de amor-perfeito. A nossa humanidade é capaz de, impecavelmente, se “des-humanizar” por uns dias, criando outras humanidades, desconhecidas, e brincar ao outro sem as fronteiras naturais da sua condição. Experimentar ser um deus, forças quaisquer e indefiníveis e fantasiar é, de facto, extraordinário. Este des-humano é o que mais humano existe na medida em que muito bem o define. 

Mas, por favor, jamais se mascare de benfeitor, santo ou anjo; não exorcize a pureza ou a virtude; não se dê ao trabalho de mascarar a Luz ou as Trevas. A nossa vivência ética é, por si só, quantas vezes um postiço, um remendo mal cosido à nossa natureza tão deficitária de verdade e transparência. Não confunda o Carnaval/Entrudo com essas máscaras tão infames. No quotidiano, esse outro que se mostra é a infelicidade de muitos, e não é isso que se quer protagonizar no Carnaval/Entrudo.

Não se confunda a riqueza de uma transmissão histórica e etnográfica, nem a nudez do inconsciente que se manifesta por estes dias, com um fato opaco e escuro que recalca esse mesmo inconsciente, querendo à viva força matá-lo, ou, que mais não seja, conferir-lhe um aspecto moribundo. 

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Nota: O Entrudo, o Carnaval português,  nada tem a ver com os excessos, droga, álcool, sexo, loucura, que se tornaram prática comum nos nossos dias.

Estão de parabéns  os Srs. Presidentes de Câmara que se empenharam em fazer reviver as tradicionais práticas do Entrudo. Bem hajam.