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sexta-feira, 30 de outubro de 2015

REENCARNAÇÃO VS PERDÃO


132. Qual é o objectivo da encarnação dos Espíritos?

“Deus a impõe com o fim de os conduzir à perfeição: para uns, é uma expiação; para outros, uma missão. Mas, para alcançarem essa perfeição, eles devem passar por todas as vicissitudes da existência corpórea: é nisso que consiste a expiação. A encarnação tem ainda outro objectivo, que é o de capacitar o Espírito para enfrentar a sua parte na obra da criação. É para a executar que, em cada mundo, ele toma um aparelho de acordo com a matéria essencial do mesmo, para nele cumprir, segundo este ponto de vista, as ordens de Deus. Dessa forma, ao contribuir para a obra no seu todo, ele próprio progride.” * (trad. M. Azevedo)

A partir desta questão, uma conclusão se impõe: a reencarnação não é o resultado de um passado tenebroso, cheio de vicissitudes, e que cumpre pagar seja a que preço for. Reencarnar tem como fim conduzir o Espírito à perfeição, donde cada vida é simplesmente um patamar.

Podemos assim dizer que viver é estar numa encarnação que corresponde a um nível de escolaridade. As tribulações que tal possa implicar fazem parte do complexo processo de ensino-aprendizagem, cujo ritmo já dependerá da aplicação do aluno. Mas isto o texto já não diz, o que significa que os ritmos não são o mais importante, mas sim aprender e colaborar na obra já feita. Isto significa que temos um planeta devidamente apetrechado com tudo o que é necessário para nos receber.

Quanto ao factor expiatório, é simples. Por exemplo, para ser um adulto saudável a criança deve comer legumes, em sopa, salacdas, etc. Para algumas é uma tortura, para outras são saborosas iguarias. O prato é o mesmo, o que muda é o paladar. Além disso, se para ser saudável há que diversificar a alimentação, para ter um espírito são há que expor-se, naturalmente, a passar pelos diversos patamares existenciais. Para uns será desagradável, para outros lições fantásticas.

Simultaneamente, ao lutar por tornar a existência mais leve, o Espírito participa na obra da criação. Como? Com a sua originalidade. Isto é, cada ser dá o seu contributo para o progresso da Natureza e da Humanidade, com a sua peculiaridade, uma vez que se desenvolve intelectual e biologicamente.

Para isso, há um aparelho complexo, feito com os materiais de cada planeta; um corpo físico,devidamente preparado para os maiores embates. E a situação repetete-se: o aparelho é idêntico, o modo como é utilizado já depende de quem o usa.

Fazer da reencarnaçao o pagamento de actos esquecidos, resultado de uma natural imperfeição, é o mesmo, parece-nos, que castigar um indivíduo de vinte anos pelas birras de quando tinha apenas dois. Ou seja, voltar à pena de Talião, ainda que para a sua época tenha sido um franco progressso, é minimizar a reencarnação esquecendo que cada etapa tem os seus comportamentos próprios e que é preciso compreender. Com dez anos de idade não se tem a experiência e o conhecimento de cinquenta.

Isto levanta um outro problema, mais incisivo, a saber, o papel do perdão. Em que fica? Anular o perdão é destruir o Cristianismo, pois ele é a sua identidade. Sem perdão, o Cristianismo cai por terra, perde o seu cariz existencial.

Vejamos. O que é mais forte, perdoar um acto ignóbil ou condenar a uma existência inteira de tormentos quem o cometeu? Estamos por acaso na pele do outro, na sua vivência, na sua classe evolutiva? Não tem já o mundo os seus mecanismos jurídicos para fazer cumprir penas por actos não aceites pela sociedade? Esses mecanismos não vão, por ventura, evoluindo com a complexificação das sociedades, em crescimento permanente?

Não será infinitamente mais rico, já que não temos capacidade para perdoar quem assassinou um filho, por exemplo, vir a ter o próprio homicida como um outro filho em próxima vida? Não será esse o melhor mecanismo de reconciliação com aqueles que se envolveram de razões? Não será a melhor via para a perfeição, o próprio perdão, na mais elevada acepção do termo? Por mais conflituosas que sejam essas relações familiares, nada é comparável com uma pena de Talião ou uma espécie de vingança social cruel e fria, calculista, premeditada. Ninguém nasce obrigado a matar ou a ser morto por ninguém.

Se é certo que não somos capazes de perdoar aos inimigos, se tal é contrário à nossa natureza ainda tão rudimentar, sábiamente a mesma permite que eles sejam mães ou pais, ou… noutras vidas.

A prisão, no mundo, já é um castigo que baste. E se há vidas seguidas passadas em prisões, quantas e quantas, é porque há renitência em evoluir. Seja de gravata ou de seda fina, num bairro chique ou de lata, a pobreza do acto é sempre indício do nível de quem o praticou.

Há falhas? Não. Há lentidão, natural incapacidade em subir, numa vida, aquilo que é próprio de duas ou três. Quem é assassinado é porque já assassinou? É possível. Neste mundo ainda há, algures, alguém menos evoluído para quem a vida humana ainda não é um valor supremo. Todavia, o erro que nos parece maior continua a ser o de se falar em nome de Deus. O ser humano continua a construir um deus frágil, à sua míope imagem. Os Espíritos protectores poderão dar uma achega, mas serão sempre tão limitados, tão infinitamente distantes de Deus.

Muitos são aqueles que os têm como representantes da mais alta sapiência, esquecendo-se que eles falam a nossa linguagem, ainda a nossa linguagem. Ajudarem-nos na luta contra as nossas obsessões, limparem o ambiente dos nossos lares, ensinarem-nos a orar e compreender os profetas, serem nossos amigos estando ao nosso lado nos momentos mais críticos, orarem connosco nos nossos pensamentos e nos nossos sonhos, aducicarem-nos a vida, enfim, eis o magestoso papel dos Espíritos protectores.

A nossa fé vai, antes de mais, para esta fantástica capacidade de transformação de um assassino num anjo, de um facínora num cristo. Aqueles que nos protegem conhecem bem essas etapas. São mestres das labutas, como nós o seremos um dia. Porque é que tudo é assim? Eis uma grande questão.

Nós já chegámos até aqui. Mas, cuidado! Isto está tudo preso com arames. De um momento para o outro descambamos. É que não estamos tao distantes como pensamos daquilo que, por hora, ainda condenamos com tanta veemência.

Margarida Azevedo

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*132. Quel est le but de l´incarnation des Esprits?

“Dieu la leur impose dans le but de les faire arriver à la perfection: pour les uns, c´est une expiation; pour les autres, c´est une mission. Mais, pour arriver à cette perfection, ils doivent subir toutes les vicissitudes de l´existence corporelle: c´est là qu´est l´expiation. L´incarnation a aussi un autre but, c`est de mettre l´Esprit à même de supporter sa part dans l´oeuvre de la creation; c´est pour l´accomplir que, dans chaque monde, il prend un appareil en harmonie avec la matière essentielle de ce monde pour y executer, à ce point de vue, les ordres de Dieu; de telle sorte que tout en concourant à l´oeuvre générale, il avance lui-même.”

KARDEC, A. Le livre des Esprits, Les Editions Philman, Saint-Armand-Montrond, 2002, livre 2, Monde spirite ou des Esprits, ch. 2, Incarnation des Esprits, But de l´incarnation p.51

PERANTE A ANCESTRAL DEFERÊNCIA AOS “FINADOS” (Jorge Hessen)


Jorge Hessen

Segundo Leon Denis, o sentimento de cultuar os mortos foi moldado a partir de época bem remota e está sedimentado em quase todas as tendências religiosas. Para o autor de “Depois da morte” a comemoração dos mortos é um legado dos celtas. Porém os gauleses “em vez de comemorar nos cemitérios, entre túmulos, era no lar que eles celebravam a lembrança dos amigos afastados, mas não perdidos, que eles evocavam a memória dos espíritos amados que algumas vezes de manifestavam por meio das druidisas e dos bardos inspirados". [1]

Assim, não veneravam os restos cadavéricos, mas a alma sobrevivente, e era na intimidade de cada habitação que celebravam a lembrança de seus mortos, longe das catacumbas, diferentemente dos povos primitivos. A Festa dos Espíritos era de suma importância para eles, pois homenageavam Samhain, "O Senhor da Morte", festividade, essa, iniciada sempre na noite anterior a 1º de novembro, ou seja, no dia 31 de outubro. 

Os romanos expulsaram e destroçaram os druidas impondo o famigerado “cristianismo clérigo” (ou colérico ?). Esse período histórico de frenética agitação, mais tarde foi mutilado pelos bárbaros, sobrevindo uma madrugada de dez séculos (a indigesta Idade Média), que proscreveu o espiritualismo e entronizou a superstição, o sobrenatural, o milagre, a beatificação, a santificação e o decisivo entorpecimento da consciência humana.

A história oficial da Igreja romana registra que foi no Mosteiro beneditino de Cluny, no sul da França, no ano de 998, que o Abade Odilon promovia a celebração do dia 2 de novembro, em memória dos mortos, dentro de uma perspectiva catolicista. Somente em 1311 foi sancionada, em Roma, oficialmente, a memória dos falecidos, porém foi Bento XV quem universalizou tal celebração, em l915, dentre os católicos, cuja expansão da religião auxiliou, ainda mais, a difusão desse costume.

A legislação vigente no Brasil estabelece o dia 2 de novembro como feriado nacional, para que as pessoas possam homenagear seus “mortos”. Obviamente devemos respeitar os desencarnados como um impositivo do amor e da fraternidade, sem que precisemos consolidar esses nobres sentimentos diante dos túmulos, nem que nossas lembranças ou homenagens sejam realizadas em um dia especial, oficialmente estabelecido.

Nos dias de hoje, essa celebração se desviou, e muito, do ritual “religioso”, transportando-se do foco sentimental e emocional para o mercantil, uma vez que a comercialização de flores, velas, santinhos, escapulários e a eventual preocupação para a conservação dos túmulos (normalmente, só são lembrados em novembro) respondem por esse protocolo social. 

O esplendor dos túmulos fúnebres determinada por parentes que desejam honrar a memória do falecido, ainda compõem o cardápio da soberba e orgulho dos parentes, que psicologicamente visam primeiramente “honrarem-se” a si mesmos. Nem sempre é pelo “finado” que se fazem todas essas demonstrações, mas por empáfia, por apreço ao mundo e à vezes para exibição de riqueza. Ora, é inútil o endinheirado aventurar-se em eternizar a sua memória por meio de magnificentes mausoléus. 

Recebemos sábias lições dos Benfeitores sobre funerais e celebração em memória dos "mortos", senão vejamos: os Espíritos Superiores afirmam que os chamados "mortos" são sensíveis à saudade dos que os amavam na Terra e que, de alguma forma, " a sua lembrança aumenta-lhes a felicidade, se são felizes, e se são infelizes, serve-lhes de alívio."[2] Porém, em se referindo ao dia dos "finados", atestam que é um dia como outro qualquer, até porque os espíritos são sensíveis aos nossos pensamentos, não às solenidades humanas. No dia dos finados eles só " reúnem-se em maior número, porque maior é o número de pessoas que os chamam. Mas cada um só comparece em atenção aos seus amigos, e não pela multidão dos indiferentes."[3]

A tradicional visita ao túmulo, em massa, não significa que venha trazer satisfação ao "morto", até porque uma prece feita em sua intenção vale mais. É bem verdade que a " visita ao túmulo é uma maneira de manifestar que se pensa no Espírito ausente: é a exteriorização desse fato (...) mas é a prece que santifica o ato de lembrar; pouco importa o lugar se a lembrança é ditada pelo coração. "[4] Conhecemos pessoas (aliás muitas delas) que solicitam, antes mesmo de morrerem, que sejam enterradas em tal ou qual cemitério. Essa atitude, sem sombra de dúvida, demonstra inferioridade moral. "O que representa um pedaço de terra, mais do que outro, para o Espírito elevado?"[5]

Reflitamos juntos: o dia de “finados” é consagrado aos falecidos libertos ou aos mortos que ainda estão jungidos à vida material? Existem duas possibilidades de mortos: os que se sentem totalmente livres do arcabouço carnal, porém "vivos" para uma vida espiritual plena, e os que permanecem com a sensação de que, ainda, estão encarnados, porém "mortos" para a vida física, pois somente vivenciam, na espiritualidade, a vida animal. " Para o mundo, mortos são os que despiram a carne; para Jesus, são os que vivem imersos na matéria, alheios à vida primitiva que é a espiritual. É o que explica aquele célebre ensinamento evangélico, em que a pessoa prontificou-se a seguir o Mestre, mas antes queria enterrar seu pai que havia falecido, e Jesus conclamou" [6] - "Deixai aos mortos o cuidado de enterrar seus mortos, tu, porém, vai anunciar o Reino de Deus".[7]

É óbvio que "faz sentido rememorar com alegria e não lastimar os que já partiram, e que estão plenamente vivos. Finados é uma mistura de alegria e dor, de presença-ausência, de festa e saudade. Aos que ficamos por aqui, cabe-nos refletir e celebrar a vida com amor e ternura, para depois, quiçá, não amargar no remorso. Aos que partiram, nossa prece, nossa gratidão, nossa saudade, nosso carinho, nosso amor!" [8]

Se formos capazes de orar, com serenidade e confiança, transformando a saudade em esperança, sentiremos a presença dos parentes e amigos desencarnados entre nós, envolvendo-nos o coração com alegria e paz. Por esta razão e muitas outras, façamos do dia 2 de novembro um dia de reverência à vida, lembrando carinhosamente os que nos antecederam de retorno à pátria espiritual, e também os que conosco ainda jornadeiam pelos caminhos da existência terrena.

Referências bibliográficas:

[1] Denis, Leon. O gênio céltico e o mundo invisível. Rio de Janeiro: Ed.CELD. 1995. p. 180

[2] Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2001, Perg. 320

[3] ______, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2001, Perg. 321

[4] ______, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2001, Perg. 323

[5] ______, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2001, Perg. 325

[6] Disponível em http://www.feal.com.br/colunistas.php?art_id=6&col_id=9> acessado em 26/10/2015

[7] Lucas 9: 51-62

[8] Editorial do Jornal Mundo Espírita – novembro 2006

PAVOR NO VATICANO

Papa Francisco

Agora vem à luz que "talvez" foi de fato o assassinato de João Paulo I, já que iam fazer o mesmo com Bento XVI, que por isso renunciou, e confidenciou ao Papa Francisco que não seria a PRIMEIRA VEZ.

A conservadora "máfia" vaticana tentará bloquear as mudanças que o Papa Francisco quer fazer. Oxalá, ele consiga realizá-los! A situação atual não é melhor do que a de, quando reinava o Papa Rodrigo Borgia, aliás, Alejandro VI. Há muitos interesses. Comentários que circulam entre a comunidade de inteligência em Roma, na Itália, indicam que setores radicais conservadores da Igreja Católica Romana começaram fazendo duras críticas e ataques ferozes contra o Papa Francisco, através dos meios de comunicação, sites webs e redes sociais por sua atitude reformista. Entre os argumentos de ataque dos radicais conservadores católicos, estão:

*1. O Papa Francisco rompeu com a tradição e violou o rito vaticano ao realizar o lava-pés da Quinta-feira Santa fora dos muros vaticanos, na prisão dos menores "Casa de mármore", em Roma, incluindo dois muçulmanos  e duas mulheres não católicas. Este é um fato inédito na história e tradição dos rígidos rituais da Igreja Romana. O ritualismo vaticano da Igreja Romana sempre, por séculos, desde a sua fundação, havia marginalizado e não levado em conta a mulher nesses rituais. *

   Os conservadores olhavam com horror o "sacrilégio" do sorridente Papa Francisco, a quem chamavam ironicamente de "Papa Adulador", expressão depreciativa que se refere a alguém que sorri sempre e se dá bem com todo mundo.

 
*2. A negativa do Papa Francisco em morar no apartamento papal no palácio vaticano, decidindo, para a sua segurança pessoal, morar na residência Santa Marta, o hotel 4 estrelas do Vaticano, onde há muitas pessoas, e assim evitar o isolamento que rodeia o Papa ao morar no palácio Vaticano. O Papa Francisco quer estar ciente do que acontece ao seu redor e fora dos muros vaticanos. No apartamento papal estaria guardado e vigiado, de certa forma, controlado e mediatizado e, o mais essencial, desinformado e à mercê das "hienas vaticanas" que já planejam tirá-lo do meio. 

 
*3. No encontro de almoço com Bento XVI no Castelo Gandolfo, este confiou ao Papa Francisco, que uma das causas que influenciaram em sua renúncia foram as ameaças que recebeu e por receio de ser envenenado, pois já haviam  tomado a decisão de matá-lo, pelo que Bento XVI, em uma jogada para neutralizar esse atentado contra a sua vida, torna pública a sua renúncia com a qual desarmou a tentativa do crime. (como aconteceu com João Paulo I, segundo dizem).

 
*4. O alto poder fixado na cúpula vaticana está totalmente oposta aos planos do Papa Francisco de reformar, eliminar, modificar a pompa, o ritualismo e o luxo e ostentação da Igreja Católica Romana. (Francisco tem um desejo e pensamento secreto que é o de permitir que a mulher possa ter acesso ao sacerdócio católico, o que teria um efeito tipo terremoto no meio dos que usam batina).

 
*5. A Cúria Romana e os grupos de poder repudiam que o Papa Francisco tenha feito um chamado público à Igreja Católica ao estreitar o diálogo e as relações com o Islã. Acusam-no de ser um relativista teológico.


*6. O Papa Francisco marginalizou os mais altos cargos vaticanos no ato e na cerimônia do lava-pés da Quinta-Feira Santa.

 
*7. Acusam o Papa Francisco de ignorar as regras e normas da Igreja Católica Romana, já que, como Papa, está atuando sem consultar, nem pedir permissão a ninguém para fazer exceções sobre a forma com que as regras eclesiásticas se relacionam com ele.


*8. A organização Opus Dei "Obra de Deus" proibiu (censurou) todas as suas livrarias "Troa", quanto à venda do primeiro livro sobre o novo Papa Francisco.

 
*9. A Promotoria Romana Anticorrupção fez importante  confisco de centenas de caixas de documentos que comprometem e vinculam as finanças  vaticanas  e a importantes personagens com a "máfia" italiana e gigantescas operações de lavagem de capitais e desvio de fundos vaticanos em um complicado mecanismo para desaparecer dinheiro. Este escândalo será o "Sansão" que derrubará as colunas que sustentam a Capela Sistina e todos os edifícios da pomposa e luxuosa estrutura vaticana.


*10. Tanto o "Opus Dei", a "Maçonaria Iluminati", importantes e influentes setores bancários, econômicos, setores mafiosos italianos, os próprios Cardeais que formam a "máfia e o poder vaticano", sentem-se em iminente perigo pelo confisco destas caixas de documentos supremamente comprometedores por parte da Promotoria Romana Anticorrupção e por parte do Papa Francisco que tem toda a intenção de sanear e controlar as finanças vaticanas  e todos os negócios e investimentos deste multimilionário Estado religioso.

 
*11. Outra das situações que deixaram extremamente enojados e furiosos estes grupos que sempre foram o poder por trás do poder, é que o Papa Francisco não está de acordo em que delinquentes com batina vivam em terreno vaticano, refugiados, escondidos, evadidos de enfrentar a lei. Por enquanto enviou instruções para todo aquele com contas pendentes com processos ou acusações penais, saiam do solo  Vaticano, já que em seu pontificado, o vaticano não será santuário de infratores da lei. Imaginamos o que vem! Deus o proteja dos lobos que em grande número já começam a  rodeá-lo para caçá-lo.


*É muito importante reenviar esta mensagem à maior quantidade de contatos e que as pessoas  saibam, se inteirem,  TEMOS UM PAPA QUE IMPÕE A SUA AUTORIDADE, vamos ajudá-lo e apoiá-lo, compartilhando  esta mensagem para que todos saibam o que está se passando.*

Vamos rezar pelo Papa Francisco, para que consiga fazer todas as reformas que pretende.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

BIOS E CROCODILOS


Luiz Carlos Formiga
Tags: mediunidade, imortalidade, reencarnação, Chico Xavier,

Hermínio Miranda, Carlos Rizzini, Vilma de Macedo Souza.


Comentei meus problemas com o computador. Após explicar o que ocorria o amigo me disse que deveria ser problema de BIOS. Para não revelar ignorância, fiquei calado.

Depois descobri que BIOS era abreviatura de “Baita Ignorante Operando o Sistema”. Lembrei porque não encontrei na WEB um artigo de Hermínio C. Miranda, sobre a mediunidade de Chico Xavier. Seria um problema de BIOS?

A verdade é que endereços eletrônicos desaparecem. Ignorante, perdi artigos em sítios espíritas que desapareceram. Desagradável, mas necessário, publicar artigos em locais diferentes para preservar a memória para os bisnetos. Sinto-me desconfortável quando criticam o número de links no final de cada artigo. Mas, foi frustrante não encontrar o recado de Hermínio.

Nele, o autor explica dizendo: “Chico nossos amigos da “Folha Espírita” me pediram algumas linhas do seu trabalho, nesse momento em que se comemora mais uma etapa vencida na sua trajetória.” 

Chico fazia 50 anos de mediunidade e a Folha Espírita sairia Em Revista, numa Edição Especial Comemorativa dos 50 Anos de Mediunidade de Chico Xavier, SP. SP. 1977. Na diretoria encontramos nomes inesquecíveis: Freitas Nobre, Jamil N. Salomão, Marlene Nobre e Paulo Rossi Severino. Uma fotografia de Chico feita por Freitas Nobre seria a Capa, com o médium em peregrinação aos bairros pobres de Uberaba.

Começava com um poema-homenagem composto por Eurícledes Formiga e termina com artigo de Stig Roland Ibsen, sobre A Obra Psicográfica em Completo Levantamento. Na página 109 vamos encontrar o texto de Hermínio Miranda intitulado Recado Para Chico Xavier.

Quando lemos Hermínio guardamos a revista, que está apenas amarelada. Abri com cuidado. Livros e revistas antigos me fazem espirrar.

O articulista informa que não falaria a Chico em nome da comunidade espírita, daria apenas seu testemunho pessoal. O que falaria o leitor se fosse pessoa escolhida pela Folha Espírita?

Hermínio lembra que poucas vezes teve o privilégio de estar com o médium e que não teve nenhuma oportunidade de conviver com o ele. No entanto, sabia que era avesso a manifestações e quanto o elogio lhe era penoso. Por isso, tentaria passar ao largo dos elogios desnecessários e inoportunos.

Hermínio então fala de sua obra mediúnica, começando com aquela que mais o impressionou – Parnaso de Além Túmulo. E, chega a que lhe causou a emoção mais profunda e amadurecida – Paulo e Estevão.

Pensei no que eu teria escrito e como encerraria o recado. Aí, a autoanálise me revelou a condição de BIOS, pela segunda vez.

No final, Hermínio diz:

Chico, que nesta hora em que comemoramos a alegria de tê-lo tido conosco tão longa e fecundamente, vem-nos o impulso vigoroso de vencer de alguma forma as defesas da sua humildade, para aconchegá-lo junto ao nosso coração, sem dizer uma só palavra que poderia entristecer você, porque onde fala a emoção o elogio fica barato, inútil, apagado, inoportuno, quase sacrilégio.

Aceita, pois, amigo e irmão, o respeito, o carinho e a gratidão daquele que fala apenas por si mesmo, mas que sente à sua volta a alegria de todos os que também o amam fraternalmente. (1)

Dois autores espíritas que gosto de ler são Hermínio Miranda (1) e Carlos Rizzini (2)

Não conhecemos Carlos Rizzini pessoalmente, mas trocamos algumas correspondências. Como fazem alguns espíritos, subimos até faixa elevada, onde se situava o pesquisador. Foi assim que colocamos um pouco de seu pensamento no artigo “O que espero de meus médicos”. (3)

Considerando o homem apenas matéria, a nossa ciência é ciência da matéria. Assim, estamos em permanente crise moral e é natural que a ética não seja considerada, uma vez que os valores morais não têm qualquer significação para o mundo físico. Quando se examinam as propriedades da matéria nenhuma questão moral entra em cena. Uma droga poderá ser muito útil ou maléfica, conforme o uso que dela se faça; não é nem boa nem má.

O problema é que estendemos as leis da matéria a todos os setores de investigação. Neste nível do conhecimento os valores éticos, de índole imponderável e imaterial, não se ajustam.

A sociedade age de maneira coerente, pois sem a certeza da vida após a morte, não tem sentido falar-se em moralidade. Preceitos éticos destinam-se ao aperfeiçoamento espiritual, com vistas a uma existência mais perfeita, mesmo e principalmente após a morte do corpo físico. (4)

Pertinente lembrar que foi sobre a pedra angular do espírito imortal que Jesus fundou o Cristianismo. Sem conhecer a base fatual sobre a qual se construiu o edifício ético, a moral fica com aparência de espuma flutuante.

A miopia espiritual desaparece após a obtenção de um seguro conhecimento da imortalidade da alma e das diversas evidências científicas sugestivas da reencarnação.

Sobre estes postulados da Doutrina dos Espíritos, a educadora Vilma de Macedo Souza nos trouxe letras e músicas para a evangelização infantil, também útil aos adultos nos primeiros passos com Kardec. (5)




Eu pensava que a morte existia

Que tristeza, que tristeza

Eu pensava que a gente morria

Que incerteza, que incerteza

Hoje eu sei que a vida continua

Que alegria, que alegria

Hoje eu sei sou espírito reencarnado

Obrigado senhor, obrigado.




Sobre imortalidade, Jesus deu aulas práticas a Tomé, principalmente demonstrando resistência à tortura, serenidade na morte, sem estocar reservas emocionais negativas, e, posteriormente com seu retorno à sua presença.

Em 2012, um periódico de Medicina Legal abordou o sacrifício de Jesus, a tortura e a sua morte, apontando para seu desfecho com a embolia pulmonar; a ruptura cardíaca; o trauma suspensão; a asfixia; a ferida da facada fatal e o choque.

No oitavo dia, portas e janelas fechadas, Jesus novamente apareceu no meio deles e sua voz ecoou: "A paz seja convosco!"

Tomé, coração acelerado, embargado de pranto, vê Jesus se aproximar e dizer: "Vem, Tomé, introduz aqui o teu dedo e vê as minhas mãos. Põe a mão do meu lado e não sejas incrédulo, mas crê".

Completamente vencido pelo amor do Cristo, Tomé cai de joelhos e clama com todas as suas forças: "Meu Senhor!" (6)

Fica clara a visão de Tomé após a obtenção do seguro conhecimento da imortalidade da alma. Mas como entender as “engrenagens da máquina” da reencarnação?

Quando a estamos discutindo sempre surge uma questão. O câncer é uma doença que eclode em virtude da Lei de Causa e Efeito? Que tipo de erro cometeu a pessoa, em vida anterior, para ter que passar por essa dor?

A pergunta é pertinente. Um leproso moral poderia dar origem a Hanseníase Virchowiana. Este polo da doença sem tratamento pode dar origem a severas deformações. Lembrou-se de Marcondes? (7)

Alguns podem interpretar a doença como castigo divino, a vingança de um Deus antropomorfo. 

A Lei Natural é corretiva e atua primariamente no campo psicológico, sendo que as circunstâncias físicas são apenas um meio pelo qual a meta educativa é alcançada. A reação no plano físico não é exata. A finalidade do sofrimento não é punitiva, mas corretiva.

O indivíduo que prejudicou o semelhante de maneira grave precisa sentir na própria pele a dor que o outro experimentou, a fim de reeducar-se e quando posto de novo numa situação em que tenha oportunidade de reincidir, ele seja capaz de resistir. (8)

No seu “recado”, Hermínio começa fazendo consciente autoavaliação. Sabedor de que estamos em “dependência”, de algumas disciplinas na escola da Terra, o escritor espírita confessa: “não trago comigo as credenciais da autoridade e consciente das limitações que me envolvem, não venho falar a voce Chico em nome da comunidade espírita. Trago-lhe apenas o testemunho pessoal de um trabalhador que como você, foi aceito na seara imensa de Jesus.” E, talvez, lembrando o sentimento de inferioridade de Emmanuel, após voltar de incursões feitas a faixas mais elevadas das diversas moradas da casa do Pai, comenta os diversos tipos de trabalhadores, incluindo os da última hora. Diz Hermínio que: “variam ao infinito as qualificações dos operários do Senhor, desde aqueles que já se redimiram junto a Ele até aos outros, como eu, que ainda se empenham em tarefas incomparavelmente mais modestas. “

Sobre as moradas diversas, Vilma de Macedo Souza deixou letra e música. (5)




TELESCÓPIO

Depois que o homem

Inventou o telescópio

Até parece que o Universo cresceu

E onde pensava, não haver mais nada

Milhões de sóis

E outras galáxias percebeu

São, são as muitas moradas

As muitas moradas da casa do Pai

Por muitos destes mundos

O espírito passa

E evoluindo ele vai, vai...



Emmanuel disse que para ele e outros espíritos trazerem as mensagens que nos ditam na Terra, eles necessitam subir a faixas mais elevadas, para estar com os Espíritos do Senhor.

Diz o mentor espiritual de Chico Xavier que os Espíritos de Luz descem a essas faixas mais elevadas do planeta, onde ele e seus companheiros conseguem subir, para que recebam “aulas” e depois possam deixar para os encarnados os ensinamentos, da maneira como podem, através da mediunidade com ética. 

Emmanuel disse ainda que, tanto ele quanto seus companheiros se sentiam como crocodilos, na presença daqueles Espíritos Sublimados. (9)

“Crocodilo” Chico Xavier, talvez pensando em Francisco de Clara, disse que se considerava apenas um “cisco”. A palavra pode ser definida como pó, miudezas de carvão. Embora tivesse um talento extraordinário, Chico sempre lecionou humildade. (10)



Leitura adicional

(1) Esboço da biografia de Hermínio Miranda (1920-2013)

(2) Carlos Toledo Rizzini (1921 - 1992)

(3) O que espero de meus médicos. 



(4) Ética e terceiro milênio.


(5) Vilma de Macedo Souza





(6) Jesus, Tomé e Nós

(7) Admiráveis e Poderosos




(8) Doenças escolhidas.

(9) Crocodilos


(10) Talento extraordinário.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

BANCAR AS COBIÇAS DOS FILHOS ? (Jorge Hessen)

BANCAR AS COBIÇAS DOS FILHOS ?  (Jorge Hessen)
Jorge Hessen
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Atualmente paira sobre as famílias modernas uma grave ameaça em torno da cultura do prazer. O instituto familiar necessita de grande choque de modelo e, sobretudo, de muito apoio religioso para alcançar seu equilíbrio moral. Infelizmente, muitos pais querem que os filhos tenham prazer sem responsabilidade. 

O estudo realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) aponta que a maioria das mães não resiste às solicitações dos filhos quando eles exigem a compra de brinquedos, roupas e doces. A rigor, muitas crianças tem noção sobre quais astúcias utilizar para persuadir seus pais a comprarem o que elas querem. 

Muitas vezes, os rogos “ingênuos” aparecem em forma de pirraça, intimidação, choradeira, induzindo alguns pais à sujeição. Contudo, ceder a todas as vontades dos filhos (no caso das compras) pode não apenas desequilibrar o orçamento familiar e levar os pais a contrair dívidas, porém também pode contribuir para instalar nas crianças uma série de comportamentos inadequados e tornar os filhos manipuladores e menos tolerantes à frustração, prejudicando seu desenvolvimento e suas relações sociais presentes e futuras. 

Concordamos que uma das estratégias para evitar contendas com os filhos durante as compras pode ser combinar regras sobre o que poderá ou não ser comprado antes do passeio. Para que essa solução seja eficiente, a mãe deve ser clara e firme na hora do acordo. Os filhos, quando crianças, registram em seu psiquismo todas as atitudes dos pais, tanto as boas quanto às más, manifestadas na intimidade do lar. Por esta razão, os pais devem estar sempre atentos e, incansavelmente, buscando um diálogo franco com os filhos, sobretudo, amando-os, independentemente, de como se situam na escala evolutiva. Devemos transmitir segurança aos filhos através do afeto e do carinho constantes. Afinal, todo ser humano necessita ser amado, gostado, mesmo tendo consciência de seus defeitos, dificuldades e de suas reais diferenças.

A regra é clara, ninguém em casa pode fazer aquilo que não se pode fazer na sociedade. É preciso impor a obrigação de que o filho faça isso, deste modo, cria-se a noção de que ele tem que participar da vida comunitária. Um detalhe é muito importante: os espíritas sabem que a fase infantil, em sua primeira etapa (dos 0 aos 7 anos), é a mais importante para a educação, e não podemos relaxar na orientação dos filhos, nas grandes revelações da vida. Sob nenhuma hipótese, essa primeira etapa reencarnatória deve ser enfrentada com indiferença e ou insensibilidade. 

Principalmente a mãe que “deve ser o expoente divino de toda a compreensão espiritual e de todos os sacrifícios pela paz da família. A mãe terrestre deve compreender, antes de tudo, que seus filhos, primeiramente, são filhos de Deus. Desde a infância, deve prepará-los para o trabalho e para a luta que os espera. Desde os primeiros anos, deve ensinar a criança a fugir do abismo da liberdade, controlando-lhe as atitudes e concentrando-lhe as posições mentais, pois essa é a ocasião mais propícia à edificação das bases de uma vida. Ensinará a tolerância mais pura, mas não desdenhará a energia quando seja necessária no processo da educação, reconhecida a heterogeneidade das tendências e a diversidade dos temperamentos.”.(1)

Para Emmanuel a mãe “não deve dar razão a qualquer queixa dos filhos, sem exame desapaixonado e meticuloso das questões, levantando-lhes os sentimentos para Deus, sem permitir que estacionem na futilidade ou nos prejuízos morais das situações transitórias do mundo. Na hipótese de fracassarem todas as suas dedicações e renúncias, compete às mães incompreendidas entregar o fruto de seus labores a Deus, prescindindo de qualquer julgamento do mundo, pois que o Pai de Misericórdia saberá apreciar os seus sacrifícios e abençoará as suas penas, no instituto sagrado da vida familiar.”.(2)

Os filhos rebeldes são filhos de nossas próprias obras, em vidas anteriores, cuja Bondade de Deus, agora, concede a possibilidade de se unir a nós pelos laços da consanguinidade, dando-nos a estupenda chance de resgate, reparação e os serviços árduos da educação. Dessa forma, diante dos filhos insurgentes e indisciplináveis, impenetráveis a todos os processos educativos, “os pais depois de movimentar todos os processos de amor e de energia no trabalho de orientação deles, é justo que esperem a manifestação da Providência Divina para o esclarecimento dos filhos incorrigíveis, compreendendo que essa manifestação deve chegar através de dores e de provas acerbas, de modo a semear-lhes, com êxito, o campo da compreensão e do sentimento.”.(3)

Os pais, após esgotar todos os recursos a bem dos filhos e depois da prática sincera de todos os processos amorosos e enérgicos pela sua formação espiritual, sem êxito algum, “devem entregá-los a Deus, de modo que sejam naturalmente trabalhados pelos processos tristes e violentos da educação do mundo. A dor tem possibilidades desconhecidas para penetrar os espíritos, onde a linfa do amor não conseguiu brotar, não obstante o serviço inestimável do afeto paternal, humano. Eis a razão pela qual, em certas circunstâncias da vida, faz-se mister que os pais estejam revestidos de suprema resignação, reconhecendo no sofrimento que persegue os filhos a manifestação de uma bondade superior, cujo buril oculto, constituído por sofrimentos, remodela e aperfeiçoa com vistas ao futuro espiritual.”.(4)

O Espiritismo não propõe soluções específicas, reprimindo ou regulamentando cada atitude, nem dita fórmulas mágicas de bom comportamento aos jovens. Prefere acatar, em toda sua amplitude, os dispositivos da lei divina, que asseguram, a todos, o direito de escolha (o livre-arbítrio) e a responsabilidade consequente de seus atos. Por todas essas razões, precisamos aprender a servir e perdoar; socorrer e ajudar os filhos entre as paredes do lar, sustentando o equilíbrio dos corações que se nos associam à existência e, se nos entregarmos realmente no combate à deserção do bem, reconheceremos os prodígios que se obtêm dos pequenos sacrifícios em casa por bases da terapêutica do amor.

Em últimas instancias quando os filhos são rebeldes e incorrigíveis, impermeáveis a todos os processos educativos, "os pais, depois de movimentar todos os processos de amor e de energia no trabalho de orientação educativa dos filhos, sem descontinuidade da dedicação e do sacrifício, que esperem a manifestação da Providência Divina para o esclarecimento dos filhos incorrigíveis, compreendendo que essa manifestação deve chegar através de dores e de provas acerbas, de modo a semear-lhes, com êxito, o campo da compreensão e do sentimento."(5)

Referências bibliográfica:

(1) Xavier, Francisco Cândido. O Consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 17. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1995, per. 189

(2) Idem per. 189

(3) Idem per. 190

(4) Idem per. 191

(5) Idem per. 190

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Parábola do Grão de Mostarda (Mateus, 13:31-32)

Arnaldo Rocha


O reino dos céus,
Nesta parábola, é comparado
A um grão de mostarda
Por um homem semeado.

Esse grão, na verdade,
Das sementes é a menor;
Mas depois de crescida,
Das hortaliças é a maior;

Torna-se árvore, de tal modo
Que até os passarinhos
Nos seus inúmeros ramos
Vêm construir seus ninhos.

sábado, 24 de outubro de 2015

ADMIRÁVEIS E PODEROSOS

Luiz Carlos Formiga


Tags: Eunice Weaver, Reynaldo Leite, vidência, aborto e Hanseníase.
Poderoso é quem distribui, compartilha, multiplica, produz ideias e soluções, e as torna úteis e benéficas para os outros”. (Martha Medeiros)


Para não ir só, convidei uma pessoa. Era visita fraternal a um amigo na enfermaria.


Chegou um grupo. Ao perguntarem quem rogaria ao Pai, antes do passe, o amigo enfermo se ofereceu. Sentados com ele na cama ouvimos sua prece, que emocionou a todos.

Marcondinho agradeceu a Deus, justo e bom, pelo dom da vida, à mãe pela oportunidade da reencarnação e as Entidades Venerandas, que nos legaram a Codificação da Doutrina Espírita.

Ele aprendera a amar a Religião dos Espíritos, no Centro Espírita Filhos de Deus, a “Casa do Caminho”, no antigo leprosário do Curupaiti. Ali, havia adquirido resistência moral contra as dores. (1)

Se sua mãe soubesse que a Hanseníase o deixaria cego, com braços e pernas atrofiados, numa cadeira de rodas, talvez fizesse a opção pelo aborto. (2)

Marcondes trabalhou na reunião mediúnica e foi pessoa admirável, poderosa, depois que encontrou a vida, a verdade e o caminho.

No passado distante, havia um programa no rádio chamado “Boa Noite Para Você”.

Com melodia de fundo, ouvíamos a voz de um “Cesar Ladeira” (3), narrando fatos que orientaram a escolha da personalidade então homenageada.

Eunice Weaver, “Boa Noite Para Você”.

Eunice Sousa Gabi Weaver nasceu em São Manoel, interior de São Paulo, em 19 de setembro de 1902. Filha de Henrique Gabbi, carpinteiro, natural da província de Reggio Emilia, Itália e de Leopoldina Gabbi, natural de Piracicaba/SP.

Ainda menina veio para Uruguaiana, RS, tendo estudado no Colégio Metodista União, quando era reitor Charles Anderson Weaver. Mais tarde, estudou no Colégio Piracicabano, em Piracicaba, São Paulo. Também estudou na Argentina e nos Estados Unidos.

A revista seleções, matéria sobre vida e obra, denominou-a “Anjo dos Leprosos”.

O reitor Charles Weaver ficou viúvo, depois de ter deixado a direção do colégio e casou-se com Eunice. Graças aos seus esforços, criou-se a Sociedade de Assistência aos Lázaros e Defesa Contra a Lepra, cuja Federação ela presidiu. Liderou campanhas em todo o Brasil, multiplicando-se os preventórios para abrigar filhos dos hansenianos.

Recebeu o título de cidadã benemérita do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e Bahia e o de cidadã honorária de dezoito cidades brasileiras.

Em Uruguaiana teve seu nome colocado em uma travessa de rua, num dos bairros da cidade. Foi fundadora do Instituto Brasil Estados Unidos e membro de seu Conselho Deliberativo. Assessora do Dr. Miguel Couto, quando Ministro da Saúde. Integrou a primeira diretoria da Campanha Nacional da Criança. Fez parte da delegação brasileira na Oitava Conferência Pan-Americana da Criança, em Washington, em 1942. Representou o Brasil em congressos internacionais de Leprologia que se realizaram em Havana, Cairo, Madri, Tóquio e Rio de Janeiro. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos prestou-lhe homenagem através de selo comemorativo, durante a Semana da Lepra, de 1971.

Eunice Weaver, 1902-1969 ( 4). E pensar que essa trajetória teve o seu momento mágico depois do desaparecimento inexplicável de uma amiga, Rosita, que, mais tarde, foi encontrada por Eunice na passagem de uma caravana de leprosos, que esmolavam pela estrada. Isso fez com que ela decidisse dedicar sua vida a esses “desvalidos da sorte” e muito especialmente aos seus filhos que nasciam sadios.

Muitos deles foram posteriormente encontrados, exercendo profissões que exigiam exames de saúde extremamente rigorosos.

Eunice escreveu a mensagem “Marcados na Alma”(5) através da mediunidade de Divaldo P. Franco. Dela retiramos alguns trechos.

“Sempre o preconceito — esse filho espiritual da ignorância e do obscurantismo — ditando as normas infelizes da vida e levantando obstáculos ao progresso, ao soerguimento da criatura que sai da sombra no rumo da luz.”

“De um lado, as excelentes aquisições do pensamento hodieno e das investigações felizes em todos os campos do saber (...). Doutro lado, a intolerância mal disfarçada, decorrente do preconceito de raça, de posição econômica, de casta, de religião estabelecendo conflitos, litígios e contendas infindáveis que, não raro, se transformam em perseguição infame aos que lhe padecem o talante (...)” “O preconceito sempre levanta o mapa negativo das almas e atira em rosto a evocação do momento infeliz de quem iniciou, ou transitou pela existência planetária, com maus momentos, instantes-experiências de dor...”

“A presença, todavia, mais danosa do preconceito é diante dos egressos das Colônias de Hanseníase ou simplesmente perante os liberados do “mal de Hansen”. Marcados no corpo, não raro, por mutilações muito dolorosas, o preconceito marca-lhes, a fogo, a alma, indelevelmente, negando-lhes oportunidade de serem úteis na sociedade. Recuperados, formam colôniàs isoladas, como se fossem párias, ou devessem experimentar punição por se haverem liberado do compromisso cármico com que as Soberanas Leis os convocou à felicidade em vigoroso resgate, isto porque são sumariamente desprezados pelos chamados “sadios” da sociedade humana.”

“Olhados a medo, interrogados com indiscrição, examinados como avis rara veem-se constrangidos ao retomo hospitalar ou à periferia das cidades, nas circunvizinhanças da Colônia de Saúde donde saíram clinicamente curados.”

“Marcados, esses irmãos constituem convite à compreensão humana.”

Marcondinho, desencarnado, foi descrito como espírito deformado, por um médium não menos admirável e poderoso. Para os dois:“Boa Noite Para Vocês”.

Tudo se passou num estúdio de gravação para um programa de TV.

Sentados à mesa, o entrevistador, profissional de TV experimentado, Reynaldo e eu. A pauta era o aborto. Creio que ali estava pela minha luta no NEU, em favor da vida intrauterina.

As luzes ofuscantes ainda não estavam acesas, embora tudo já preparado.

Antes, deixem-me situá-los no problema.

Minha mulher passou por um aborto espontâneo. O que nos deixou marcados na alma. Tivemos que fazer opção diante de um surto de rubéola. Dois partos anteriores nos deram filhas normais. Mas, com o vírus da rubéola o papo é outro!

Decidimos confiar na Providência Divina e deixamos a gravidez prosseguir seu curso natural.

Ao mesmo tempo, com auxílio de uma colega da UFRJ, realizamos exames laboratoriais com o soro da gestante.

Chegamos à conclusão que era imunologicamente competente, mas havia a possibilidade do vírus romper a barreira de defesa. Diante da explicação, minha mulher seguiu confiante, mas o neném desistiu.

Afinal, poderia ter outra chance, pois nós queríamos outros filhos. As duas experiências anteriores eram gratificantes, Mas, o psicológico deve ter exercido forte pressão contrária. Os anos passavam sem qualquer sinal, mesmo sem anticoncepcional.

Um dia, fomos à Bahia e uma mensagem de Bezerra pediu aos espíritas que aceitassem ou adotassem filhos. A fila da reencarnação era grande. Imaginei algo como a do auxílio desemprego na atualidade.

Uma amiga, depois de Bezerra, teve quatro. Nós fomos mais modestos e recebemos dois. Uma outra, de Santa Catarina e que já tinha muitos, acabou fazendo adoção em massa. Foi colaborar num “orfanato”.

Cuidado leitora não vá se descuidar! 



Aborto criminoso é classificado como hediondo, na espiritualidade. Talvez seja melhor o titânio, que não interessa aos governos da ”cultura da morte”.

Retornemos.

Quando o representante da TV me telefonou pedi para ligar no dia seguinte. Procurei saída honrosa dizendo que necessitava estudar a agenda e as aulas marcadas na universidade.

Levantei-me cedo, decidido a dizer não. Afinal, poderiam usar o Plano B. A pauta não me agradava. Sentia-me de saia justa e sapatos apertados. Estava só, quando a voz da “consciência” falou-me dentro do cérebro: “Está com medo do tema complicado?”

Parecia a voz do Marcondinho. Seus lábios retorcidos pela doença ofereciam um som característico, mesmo depois de morto?

Quem não tem medo de falar em público? Imagine na TV! “Estou fora!”

Mentalmente respondi que não me sentia confortável para falar de um tema como aquele. A voz me desafiou a ir gravar o programa e ainda a abrir um espaço para dizer que “Hanseníase Tinha Cura.”

Senti-me paciente psiquiátrico, não sou médium ostensivo. Mas, depois do surto psicótico, como dizer não?

As luzes não estavam acesas, mas tudo estava preparado.

Quando nos informaram que ia começar, Reynaldo disse que sim, mas não sem antes relatar uma vidência.

Fiquei pasmo!

Reynaldo, o doutor médium, disse:

Formiga, um espírito, que diz ser seu amigo, me pediu para lhe dar um recado.

Disse que vai identificá-lo facilmente. Surgiu ali na entrada, mas veio rolando pelo chão, apresentando-se com pernas e braços muito atrofiados.

Postou-se a seu lado e disse que “estaria junto”. Em seguida, exibindo radical transformação, pediu-me para descrever-lhe na forma que se encontra no mundo espiritual. Aí surgiu um belo espírito de luz. Formiga, você o conhece?

Marcondes me explicava porque “surtei”.

Recentemente, um médico espírita me perguntou se tinha notícias de nossos amigos lá da colônia de hansenianos.

Resolvi oferecer resposta pública. Como guardar isso só para nós?

Devido ao compromisso de horário na TV, e tomado de forte emoção, só pude responder com um lacônico, sim. Sim, eu o conhecia. 

Depois desse relato, poderei receber endereços de consultórios de médicos psiquiatras. Fiquem tranquilos, pois recentemente participei de uma mesa redonda com três deles na UFRJ.

Não poderia contar tudo isso ao médium, naquela ocasião. Por isso fui lacônico. Afinal, quem precisava de provas da minha loucura, era eu. No entanto, o médium era mais doido do que eu! Vejam sua biografia resumida. (6)

O programa foi bom, mas lamentei que o fato tivesse ficado apenas entre nós.

“Hanseníase tem Cura”. Fiz o “meu comercial” e, em seguida, fiquei livre do surto psicótico.

Será que a mãe do Marcondinho se soubesse de seu futuro na carne prosseguiria com a gestação? Afinal, ninguém quer ter um filho com problemas!

Dr. Reynaldo Leite morreu em 11 de maio de 2004, mas nos deixou uma palestra sobre esse instigante tema. (7)

Reynaldo deixou três filhos e dois netos. Dedicava-se à Doutrina Espírita trabalhando por sua divulgação em Programas de Rádio, TV e fazendo palestras, por todo o Brasil. 

Psicografou livros tendo sido um deles vertido para o Inglês.

Em São Paulo, SP, durante 37 anos foi um dos trabalhadores do Núcleo Assistencial Espírita Paz e Amor em Jesus e um dos seus fundadores.

Viajou aos Estados Unidos (Miami e New York) , Suécia (Estolcomo e Västeräs), Noruega (Oslo), França (Paris e Choisy de la Roy), Portugal (Lisboa e Sintra), Espanha (Madrid), Inglaterra (Londres), Peru (Lima e Arequipa), Japão (Tókio e Gumma-ken), Canadá (Montreal), figurando como orador no Congresso Mundial de Espiritismo sediado em Portugal (Lisboa). No ano 2000 esteve em Cuba.

Participou durante seis anos do programa “Evoluir”, na Rádio Boa Nova. AM 1450; na Rádio Mundial, programa “Arautos e Você”; no canal Comunitário de São Paulo, programa “Espiritismo com Reynaldo Leite”. Produziu 92 cds e 200 palestras em vídeo.

Inaugurou no dia 31 de janeiro 2004 a sede própria da Sociedade Civil Arautos do Espiritismo, na rua Fernandes Pinheiros,298, Tatuapé, São Paulo- SP, instituição fundada em 9 de março de 1933.

Admiráveis são todos os espíritos nobres e retos que militam com grandeza na Causa do Bem.

Entretanto, não menos admiráveis são todos aqueles que se reconhecem frágeis e imperfeitos, caindo e erguendo-se, muitas vezes, nas trilhas da existência, sob críticas e censuras, mas sempre resistindo à tentação do desânimo, sem desistirem de trabalhar. (8)


[1]http://www.recantodasletras.com.br/mensagensdeamor/2002896

[2]http://orebate-jorgehessen.blogspot.com.br/2015/10/que-13-que-agosto-que-desgosto-sobre-o.html

[2]http://passiniehessen.blogspot.com.br/2015/10/que-13-que-agosto-que-desgosto-sobre-o.html

[2]http://paespirita.blogspot.com.br/2015/10/que-13-que-agosto-que-desgosto-sobre-o.html

[2]http://pointier.blogspot.com.br/2015/10/que-13-que-agosto-que-desgosto-sobre-o.html

[3]https://www.youtube.com/watch?v=Jf3v8rpuYQ4

[4]http://www.metodistadosul.edu.br/itjw/cnh8.pdf

[5]http://www.bvespirita.com/Terapeutica%20de%20Emergencia%20

(psicografia%20Divaldo%20Pereira%20Franco%20-%20espiritos%20diversos).pdf

[6]http://www.redeamigoespirita.com.br/group/audiosespiritas/forum/topics/apego-e-desapego-com-dr-reynaldo-leite?xg_source=activity

[6]http://www.geocities.ws/enigomes/reinaldoleite.html

[7]https://www.youtube.com/watch?v=fcshJPixcyk

[8]http://bibliaespirita.com/ocaminho/TXavieriano/Livros/Ldr/Ldr22.htm